Aos poucos os sinais da violência psicológica ocasionadas pelo Bullying começam a aparecer. A criança que era extrovertida, fica cabisbaixa. O adolescente que falava sobre tudo com seus pais, já não se abre mais. Esses são alguns dos detalhes aparentes no comportamento de alguém que está passando por algum tipo de sofrimento.
No dia 7 de abril, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência Infantil, uma data que busca conscientizar a sociedade sobre prevenção e combate a todas as formas de violência contra crianças e adolescentes. O bullying, seja ele físico, verbal, psicológico ou virtual, é um problema grave que afeta milhares de jovens em todo o país, deixando marcas profundas e duradouras em suas vidas.
Neste contexto, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência Infantil surge para promover debates, campanhas e ações educativas que buscam sensibilizar a população, especialmente pais, educadores e autoridades, sobre a gravidade do problema e a importância de se adotar medidas preventivas. A Gerente Pedagógica Ensino Fundamental, da Secretaria Municipal de Educação de Caxias do Sul, Bruna Conrado, fala do olhar pedagógico nessas situações.
Escolas, famílias e comunidades trabalhando juntas debatendo a prevenção ao bullying, promovendo um ambiente seguro, acolhedor e inclusivo para todas as crianças e adolescentes. Bruna acredita em um olhar mais humanizado, para além da responsabilização.
Uma nova lei sancionada em janeiro deste ano, configura como crime as práticas de bullying e cyberbullying. A nova Lei de Proteção à Infância e Adolescência também passa a considerar como hediondos o sequestro, cárcere privado e exploração de crianças e adolescentes. Ana Maria Franchi Pincolini, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (COMDICA) de Caxias do Sul, fala do papel da instituição na fiscalização de políticas públicas e também do entendimento do bullying como algo a ser combatido.
Um dos pontos conversados com a presidente do Comdica, está a participação dos pais na prevenção do bullying. Ana também é psicóloga, ela diz que o estilo educativo em casa pode também refletir nos ambientes escolares.
Sonia Rossetti, psicóloga da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (CIPAVE) de Caxias do Sul, alerta para esses sinais apresentados pelas crianças que estão sofrendo com o Bullying.
Sonia destaca também que o Bullying pode ser interrompido, que ao presenciar uma situação de violência é necessário denunciar e ajudar a vítima, pois tanto o agressor quanto quem participa também está passível de punições.
O Bullying deixa nas vítimas sintomas que podem perdurar ao longo de toda vida adulta, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático, transtornos de autoimagem, baixa autoestima e quadros de fobia. O dia 7 de abril, o Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência Infantil, tem o propósito de educar e também de trazer esperança de um futuro mais humanizado.