Após 15 dias desde a última manifestação, o Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional (Senalba), que representa os profissionais da educação infantil de gestão compartilhada de Caxias do Sul, anunciou que uma nova paralisação será realizada na quinta-feira (22). Com isso, as instituições não devem prestar atendimento integral.
As reivindicações da categoria envolvem melhores condições de trabalho e infraestrutura, o baixo número de profissionais frente ao aumento no número de crianças atendidas, além do escalonamento para que os trabalhadores recebam o piso do magistério, conforme detalha o presidente do sindicato, Claiton Augusto Vargas Melo.
Os déficits salariais seguem como pauta do movimento. Anteriormente, a Secretaria Municipal da Educação (Smed) propôs um reajuste de 5,60% ao sindicato, porcentagem recusada pela categoria, que solicitou uma nova rodada de negociações. O contraponto do Senalba é um reajuste de 12% para equilibrar as perdas dos últimos anos. Melo destaca que o sindicato segue aberto ao diálogo e compara que, enquanto o município apresentou propostas aos demais servidores, os profissionais da gestão compartilhada seguem com defasagens salariais e sem propostas efetivas.
A paralisação do Senalba está prevista para iniciar às 8h, no Largo da Prefeitura, local onde devem se encerrar as paralisações dos servidores municipais representados pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv), que atualmente ocupam o espaço. Caso a paralisação do funcionalismo siga, os profissionais da educação devem se concentrar em frente à Secretaria da Educação, localizada na Rua Borges de Medeiros, 260, no Centro. Nesta quarta-feira (21), o sindicato deve instalar em frente às escolas, ao todo, 50 placas relacionadas à paralisação.
Atualmente, Caxias do Sul possui 50 escolas de educação infantil de gestão compartilhada, divididas entre quatro entidades, que atendem aproximadamente 6 mil crianças entre creche e pré-escola. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno da Secretária Municipal da Educação (Smed).