Localizada no bairro Sagrada Família, a Escola de Ensino Médio Professor Apolinário Alves dos Santos está desde o final do ano passado fechada para as atividades pedagógicas. A instituição foi interditada por problemas na rede elétrica, no dia 08 de dezembro. Um curto circuito foi o ápice do problema que se arrastava há algum tempo e impossibilitou o fim do ano letivo no prédio.
A escola abriga cerca de 800 alunos, que tiveram que readequar, quase no fim dos estudos de 2023, a forma de ir e voltar das aulas. Entre eles, 200 estudantes que precisavam terminar o ano para buscar a aprovação, foram encaminhados para a Escola Evaristo de Antoni, no bairro São José. O restante finalizou o ano, com aulas de forma on-line.
A avó de uma aluna do Apolinário, Vera Gubert, relata a situação enfrentada pela instituição e a preocupação dos familiares e equipe. Ela conta que há muito tempo, a rede elétrica já vinha sendo um problema da escola. Tanto que o laboratório de informática, por exemplo, já estava sem funcionar. A principal insegurança é sobre a possibilidade de começar o ano letivo na data prevista.
A diretora da escola, Marili Rigon Zandoná, explica que a incógnita é como será feita a reforma. Isso porque o projeto já está pronto e nas mãos da Secretaria Estadual da Educação (Seduc). O material foi direcionado para o Estado, na segunda semana do ano. Entretanto, o valor da reforma não está na conta da instituição e não é de conhecimento da direção.
Outro ponto de preocupação são as demandas administrativas que o Apolinário possui e precisa organizar no período de férias. Tendo em vista a falta de energia, a direção e professores estão alocados em uma sala da Evaristo de Antoni. Como o espaço não comporta tudo, equipamentos necessários estão na residência da diretora e da secretária. Mesmo sem luz, pais e estudantes são atendidos no Apolinário.
Marili Rigon Zandoná esclarece que o ano letivo não deve ser comprometido pela execução dos trabalhos administrativos internos, pois estes estão ocorrendo normalmente. Mas, caso a escola não esteja apta em fevereiro, as aulas correm o risco de não começarem no dia previsto.
A diretora descreve problemas de espaço físico, pois nenhuma outra instituição conseguiria receber 29 turmas extras.
A assessoria da 4ª Coordenadoria Regional da Educação (4ª CRE) informou que o andamento do processo é de responsabilidade da Secretaria Estadual da Educação. A Seduc confirmou que o projeto foi concluído e que agora segue para a seleção da empresa responsável pela obra. Segundo as secretarias de Obras Públicas e da Educação o investimento previsto é de R$ 110.251,44.