Na manhã desta quinta-feira (11), o diretor da empresa, Gilmar Paniz, realizou um discurso direcionado aos funcionários. A manifestação ocorreu na manhã seguinte à mobilização liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos, que ocasionou um conflito no interior da firma. O diretor iniciou o pronunciamento com um pedido de desculpas aos trabalhadores.
Segundo Paniz, em 44 anos de existência da marca, nunca havia ocorrido uma situação semelhante dentro da empresa. Ele salientou o apoio dos funcionários que evitaram o agravamento da situação.
De acordo com a assessoria da G. Paniz, na manhã desta quarta (10), os trabalhadores liderados pelo presidente da entidade sindical, Assis Melo, foram impedidos de entrar na empresa para trabalhar. O fato gerou o registro de uma ocorrência na Polícia Civil e a intervenção da Brigada Militar para liberar o acesso à fábrica. Posteriormente, ainda segundo a direção da empresa, sindicalistas ingressaram no parque de máquinas e desligaram os equipamentos para impedir a realização do trabalho. Logo em seguida, começou a confusão entre os manifestantes e eles e integrantes da administração.
No início da tarde, representantes do sindicato e da empresa se reuniram para discutir a questão, mas não houve acordo. A empresa chegou a entrar na Justiça para impedir que os integrantes do sindicato voltassem a ocupar o entrono da indústria.
O caso gerou notas de repúdio por parte de entidades patronais, como a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul. Na tarde desta quinta-feira (11), por meio de um comunicado, o presidente da CIC, Celestino Oscar Loro, e dos demais sindicatos da indústria, avaliaram o conflito “a ação como inaceitável, além disso, que uma sociedade prospera e construída por meio do diálogo e colaboração entre sindicatos, trabalhadores e empregadores. Diante do posicionamento, a CIC Caxias ainda destaca que as atitudes não afetam apenas a imagem de Caxias, mas de toda a Região, o que ocasiona no afastamento de potenciais investimentos de empresas”.