Na manhã desta quarta-feira (10), o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul liderou uma mobilização na empresa G. Paniz, alegando práticas anti-sindicais. O principal motivo foi a demissão, na manhã desta terça (09), de um funcionário que possui o cargo de diretor do sindicato.
Durante a mobilização, ocorreu uma conflito no interior da empresa. A tensão resultou em agressões entre representantes do sindicato e funcionários. A confusão foi registrada em vídeos amplamente divulgados na internet.
De acordo com a assessoria da G. Paniz, os trabalhadores liderados pelo presidente da entidade sindical, Assis Melo, foram impedidos de entrar na empresa para trabalhar. O fato gerou o registro de uma ocorrência na Polícia Civil e a intervenção da Brigada Militar para liberar o acesso à fábrica. Posteriormente, ainda segundo a direção da empresa, sindicalistas ingressaram no parque de máquinas e desligaram os equipamentos para impedir a realização do trabalho.
Segundo a auxiliar financeira, Andressa Paniz, a administração solicitou que o sindicato se retirasse da empresa, mas eles se recusaram. Andressa afirma que Assis teria iniciado as agressões contra os funcionários, o que ocasionou em feridos no local.
Por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais do Sindimetalúrgicos, Assis Melo, o sindicato tem mantido contato com a empresa a mais de um ano para tentar solucionar questões trabalhistas. Ele evidencia que quando há a presença do sindicato é normal haver discussões. Contudo, que o objetivo não era que as agressões ocorressem.
Diante da demissão do diretor do sindicato, Assis Melo salienta que tentou conversar com o advogado da empresa no dia anterior, mas ele teria se negado em prestar esclarecimentos. O líder sindicalista também critica a Brigada Militar por intervir na situação. Segundo ele, não havia mandado judicial para a intervenção.
No início da tarde, representantes do sindicato e da empresa se reuniram para discutir a questão, mas não houve acordo. A direção da G. Paniz pediu que a Justiça determine medidas para impedir que o sindicato volte a ter acesso ao local. Até o fechamento desta reportagem, ainda não havia nenhuma decisão judicial.
A falta de convocação de eleições para a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (CIPA) e o Programa de Participação nos Resultados (PPR) também foi questionada pelo líder sindical.