Em reunião do Conselho Municipal de Política Cultural de Caxias do Sul, realizada no final da tarde desta sexta-feira (10), foi decidida a reabertura do Centro de Cultura Henrique Ordovás Filho a partir da próxima segunda-feira (13). A primeira reunião do Conselho no ano, ocorreu na Sala Vereadora Geni Peteffi, da Câmara Municipal, para tratar do fechamento temporário do Centro de Cultura, medida polêmica adotada devido a exposição “Baixa Colateral Distópica”, do artista goiano Rondinelli Linhares.
A informação da reabertura foi confirmada pela secretária municipal de Cultura, Tatiane Frizzo, que acrescentou ainda que a exposição será mantida até o cumprimento do prazo previsto, 2 de fevereiro, com a presença de um servidor na entrada da Galeria de Arte.
A exposição “Baixa Colateral Distópica” estava aberta desde dezembro no Centro de Cultura Ordovás, mas suscitou discussões acaloradas nas redes sociais nas últimas semanas. O espaço, que voltaria de recesso na segunda-feira, permaneceu fechado por decisão da Secretaria da Cultura, sob alegações de priorizar a preservação da segurança dos servidores e do patrimônio público. A medida foi tomada após ameaças feitas pela população nas redes sociais , insatisfeita com o teor erótico e político da exposição na galeria.
A maioria das manifestações realizadas na reunião foi de apoio a abertura imediata do espaço cultural, inclusive para este final de semana. Outra solicitação feita a Secretaria de Cultura, foi a abertura de um Boletim de Ocorrência formalizando as ameaças feitas aos servidores e o patrimônio público. O advogado e um dos organizadores da manifestação ocorrida na quarta-feira contra o fechamento da exposição, Gerson Toigo, enaltece a decisão da reabertura do Ordovás e questiona as medidas adotadas anteriormente.
Outras sugestões levantadas ainda na reunião foram a respeito de uma possível prorrogação prazo da exposição, considerando o período em que ela esteve fechada, deixando de atender os clientes, o que teria causado perdas aos proprietários do Zarabatana Café, que opera internamente no Ordovás, e ao artista, caso estes se sentissem lesados.