A recente queda de natalidade chinesa pelo segundo ano consecutivo, anunciada pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (DNE) evidencia um desafio demográfico que terá implicações não apenas no gigante asiático, mas também em economias estrangeiras. Entre elas, pode estar Caxias do Sul. O município é fortemente ligado à economia da China, diante das importações realizadas, que ultrapassaram R$ 4 bilhões, no ano passado.
Considerada a segunda maior economia do mundo, o país apresentou 6,39 nascimentos por 1.000 pessoas em 2023, uma redução em relação aos 6,77 do ano anterior, a China enfrenta a taxa de natalidade mais baixa desde 1949. O país registrou 9,02 milhões de nascimentos, comparado a 9,56 milhões em 2022, o que resultam em uma população total de 1,409 bilhões e 2,08 milhões a menos que no ano anterior.
Os dados apontam o desempenho mais fraco desde 1990 da economia chinesa. No Brasil, a amplitude do assunto é motivado pela magnitude da parceria comercial. Com o enfraquecimento da China, o volume das trocas comerciais entre os países pode diminuir e mudar a perspectiva dos investidores estrangeiros sobre o mercado brasileiro.
Em Caxias do Sul, o vice-presidente de Indústria da CIC, Ruben Bisi, analisa o impacto como colateral. Segundo o dirigente da Câmara de Indústria e Comércio, o maior reflexo deve ocorrer nas exportações, que representam R$ 400 milhões por ano, principalmente, de peças de máquinas produzidas no município.
Apesar do crescimento de 5,2% no quarto trimestre, especialistas alertam que esse impulso pode não ser sustentável a longo prazo e indica desafios contínuos para o mercado local, principalmente para setores os setores de autopeças, além de produção agrícola. Para Ruben, os empresários podem minimizar os impactos com a redescoberta de novos mercados e compradores.