Embora o 5G standalone, também conhecido como “5G puro”, tenha sido oficialmente liberado para uso em todo o Brasil na última semana, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apenas 18% dos municípios possuem a infraestrutura necessária para oferecer essa tecnologia avançada. Dos 5.570 municípios brasileiros, somente 1.022 contam com antenas compatíveis com o 5G, de acordo com dados atualizados em 3 de dezembro.
Atualmente, o país registra 33.345 estações rádio-base (ERBs) licenciadas pelas operadoras que venceram o leilão da tecnologia em 2021. No entanto, a Anatel alerta que nem todas as antenas licenciadas estão efetivamente em operação, que dificulta a estimativa precisa de cidades com sinal ativo.
O 5G standalone é a versão mais avançada da nova geração de internet móvel. Com operação na frequência de 3,5 GHz, anteriormente destinada ao sinal de TV parabólica, essa tecnologia oferece vantagens como menor latência, maior confiabilidade e capacidade de conectar simultaneamente um número maior de dispositivos.
O professor de Engenharia Elétrica na Universidade de Caxias do Sul (UCS), Felipe Augusto Tondo, destaca os avanços tecnológicos que o 5G pode trazer para o Brasil. Contudo, ele também ressalta os desafios significativos enfrentados pelo país, que inclui o alto custo de implementação e a burocracia envolvida no processo.
Desde que o primeiro sinal de 5G foi ativado em julho de 2022, as operadoras Claro, TIM e Vivo vencedoras dos blocos nacionais enfrentam dificuldades para expandir a tecnologia. Apesar disso, elas têm até o final de 2029 para universalizar o acesso ao 5G. Segundo a Anatel, o cronograma de implantação está dentro do previsto, e a baixa cobertura inicial reflete a complexidade da adaptação da infraestrutura.
A expectativa é que, com a implantação completa do 5G, o Brasil vivencie uma revolução tecnológica e transforme setores-chave da economia.