O município é referência na Saúde para outros 48 municípios e no momento representa 115 pessoas que estão na fila de espera por um leito. Destas, 40 aguardam por uma vaga nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Apesar de não haver números ainda definidos, a Comissão de Saúde acredita que deve ocorrer um aumento significativo na busca por atendimentos, provenientes de pessoas vindas de outros municípios atingidos pela tragédia climática de maio.
Historicamente, o município de Caxias do Sul investe mais recursos em saúde do que o mínimo constitucional, que prevê 15% da receita municipal. A média investida tem sido em torno de 25 a 26% do orçamento, como uma forma de complementar os valores destinados pela União, os quais são considerados defasados pela secretária responsável pela pasta.
Na opinião do presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores, Omir Cadore (PSDB), mesmo que ocorra um investimento superior ao atual por parte do município, os recursos ainda não são suficientes para atender a demanda que está chegando.
Procurada por essa reportagem, a secretária de Saúde, Danielle Meneguzzi, se pronunciou por meio de nota e evidenciou que um dos pedidos solicitados ao Governo Federal foi pela atualização dos valores do Teto MAC, ou seja, dos valores repassados para custeio da média e alta complexidade o que, na visão da Prefeitura, estão desatualizados.
Frente a espera por leitos, ela salienta que a maioria dos pacientes estão em cidades da região e precisam de internação em hospitais de Caxias, local referência para o tipo de tratamento que necessitam. Em 2022 o Município conseguiu impedir que 34 leitos fossem fechados após a pandemia de covid-19 e mantém o custeio dessas vagas com recursos próprios, cerca de R$ 905 mil ao mês.
A apreciação do Relatório de Gestão Financeira da Área da Saúde do 1º quadrimestre de 2024 de Caxias do Sul deve ser apresentado no dia 17 de julho.