Há alguns dias voltou a se falar na coqueluche, uma infecção respiratória, transmissível e causada por uma bactéria. Muitas cidades pelo Brasil já emitem alertas para a alta dos casos da doença e a necessidade de prevenção. O retorno desta doença, assim como de outras está diretamente ligado com a baixa cobertura vacinal. A falta de imunização, além de trazer doenças erradicadas para o cenário também possibilita o surgimento de outras enfermidades.
A diretora técnica da vigilância epidemiológica da Secretaria da Saúde (SMS) de Caxias, Magda Beatris Teles, destaca que a coqueluche tem entre os sintomas tosse, coriza e infecções. A doença também pode apresentar complicações, principalmente em crianças mais novas que podem precisar de internação e até mesmo levar ao óbito. A estratégia para precaução, adotada por volta de 2014, foi a vacinação de gestantes contra a coqueluche.
No caso de Caxias do Sul, um caso foi diagnosticado em 2022 e outro no início deste ano, ambos tratados e sem complicações. Magda destaca que casos da doença normalmente são registrados, mas dentro de um padrão epidemiológico. A diretora chama atenção para a boa cobertura vacinal.
Outras doenças como rubéola, poliomielite e sarampo, entram na lista de erradicadas mas que vez ou outra protagonizam casos pelo Brasil. Olhando especificamente para o município de Caxias, nenhuma das três teve diagnóstico recente. O sarampo na cidade foi diagnosticado pela última vez em 1999, a rubéola em 2007 e a poliomielite faz ainda mais tempo. A cobertura vacinal da rubéola e sarampo está acima de 95% e a polio com cerca de 90% do público vacinado. Os números são baseados em parciais desde ano.
Mesmo que a cidade tenha estabilidade perante aos casos, o alerta segue, afinal muitos países sofrem com surtos dessas doenças. Logo, sem a imunização correta, alguma dessas doenças pode ser contraída e voltar para o cenário.