A prioridade é auxiliar a comunidade gaúcha e depois pensar no futebol. Esse é o posicionamento do Caxias em relação a tragédia que o Rio Grande do Sul atravessa nas últimas semanas. O grená queria a paralisação do Campeonato Brasileiro da Série C e não cogita a possibilidade de deixar o estado para o retorno do futebol no momento.
Por enquanto, não existe o debate sobre a suspensão da competição pela Confederação Brasileira de Futebol. O Remo foi um dos clubes que se mostrou favorável a paralisação da Série C. O presidente do Caxias, Mário Werlang, entende que é o mais adequado a se fazer devido às fortes chuvas que afetam o RS, mas acredita ser algo inviável. “Nós já tivemos reunião. Nosso posicionamento é que deveria parar para todos. O futebol gaúcho está sendo muito prejudicado. Nesse momento não temos condições de jogo. Vai ser difícil. Primeiro, o Caxias quer pensar em ajudar no que for possível e o futebol no segundo plano”, afirma.
O alerta grená está ligado para o fator financeiro. Em caso de não entrar em campo em maio, o clube pode não receber valor de patrocinador por estar previsto em contrato. Sem jogos, o clube tem ausência de bilheteria nos cofres. “Fizemos reuniões tentando organizar a parte financeira. Em 60 dias temos uma bilheteria. Temos alguns problemas com patrocinadores. Temos que fazer uma economia de guerra para ajudar o Rio Grande do Sul e o Caxias precisa vir junto para chegar com saúde financeira organizada”, aponta o presidente.
Algumas hipóteses surgem para que o futebol seja retomado com os clubes gaúchos. Entre elas, a possibilidade de saída do RS e que sejam fixados em outra sede até que possam ter suas estruturas e logística normalizadas. “Somos contra. O futebol do Rio Grande do Sul está prejudicado e ficará ainda mais se tirar daqui. Nos tirando daqui, vai tirar o foco do estado também”, finaliza Mario Werlang.