A população que busca financiamento para a casa própria vai enfrentar regras mais rígidas, anunciadas pela Caixa Econômica Federal na última semana, e que entrarão em vigor a partir de 1º de novembro. O principal motivo para o aumento das restrições na concessão de crédito é o estouro do orçamento destinado aos empréstimos habitacionais nos últimos anos. Os recursos, provenientes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da poupança, apresentaram déficit orçamentário devido ao volume maior de saques em comparação aos depósitos, além do crescimento na demanda por financiamento imobiliário.
A partir de agora, quem optar pelo Sistema de Amortização Constante (SAC) no qual as prestações diminuem ao longo do tempo terá que dar uma entrada de 30% do valor do imóvel, ante os 20% anteriormente exigidos. Já para o sistema Price, em que as parcelas permanecem fixas, a entrada mínima subirá de 30% para 50%.
Além disso, o valor máximo de avaliação dos imóveis financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) será limitado a R$ 1,5 milhão em todas as modalidades. O cliente também não poderá ter outro financiamento habitacional ativo com a Caixa. Atualmente, o crédito pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que oferece juros mais baixos, é restrito a imóveis de até R$ 1,5 milhão, enquanto as linhas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) não têm limite de valor.
Em nota, a Caixa Econômica Federal justificou as restrições afirmando que o crescimento da carteira de crédito habitacional superará o orçamento aprovado para 2024, ultrapassando a marca de R$ 800 milhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. O banco segue como o maior financiador da casa própria no país, detendo 68% do mercado.
Em 2024, a Caixa já concedeu R$ 186,03 bilhões em crédito imobiliário, um aumento de 21,63% em relação ao mesmo período de 2023. Foram realizados 668 mil financiamentos, beneficiando cerca de 2,6 milhões de brasileiros até agora. A Caixa destacou ainda que está em busca de medidas para ampliar o atendimento à demanda excedente por financiamentos habitacionais.
Confirma a nota na íntegra:
Considerando a demanda observada e o orçamento para crédito habitacional aprovado para o ano de 2024, com o crescimento da nossa carteira, prevemos que a mesma irá superar o limite máximo projetado para o período.
A carteira de crédito habitacional da CAIXA já ultrapassou a marca de R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. O banco segue como o maior financiador da casa própria no país, com 68% do mercado. Esse resultado é fruto do foco de atuação nesse segmento, com a oferta de amplo portfólio de produtos, visando atender a todos os perfis de clientes, sempre com as condições mais vantajosas.
Em 2024, o banco concedeu, até 24/10/2024, R$ 186,03 bilhões de crédito imobiliário, o que representa um aumento de 21,63% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 668 mil financiamentos de imóveis, beneficiando cerca de 2,6 milhões de brasileiros até o momento.
Em relação às contratações com recursos da Poupança (SBPE), a CAIXA apresenta em 2024 market share de 48,4% de contratação dos financiamentos do país, correspondendo a R$ 66,6 bilhões das operações realizadas pelo banco até 24/10/2024. No segmento FGTS, a contratação acumulada é de R$ 117,23 bilhões, 32,99% superior ao mesmo período do exercício anterior.
A CAIXA estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela CAIXA, mas também pelos demais agentes do mercado.
Nesse contexto, a partir de 01/11/2024, nas modalidades com recursos do SBPE, a CAIXA passará a financiar a aquisição de imóveis ou construção individual, com valor de avaliação ou compra e venda limitado a R$ 1,5 milhão e para clientes que não possuam outro financiamento habitacional ativo com o banco. Além disso, a cota máxima de financiamento admitida será de até 70% do valor do imóvel, com sistema de amortização SAC e de até 50% com sistema PRICE.
A alteração nas cotas de financiamento e a limitação no valor do imóvel a R$ 1,5 milhão não se aplicam às unidades habitacionais vinculadas a empreendimentos financiados pelo banco, mantendo-se nesse caso as condições vigentes atualmente.
Assessoria de Imprensa da CAIXA