O Papa Francisco está internado desde o dia 14 de fevereiro na Policlínica Agostino Gemelli, em Roma, devido a uma bronquite que evoluiu para uma pneumonia dupla. Aos 88 anos, o pontífice enfrenta oscilações no estado de saúde há mais de 20 dias, recebendo acompanhamento médico contínuo.
Inicialmente, o Vaticano informou que a hospitalização visava a realização de exames e a continuidade do tratamento em ambiente hospitalar. No entanto, a gravidade do quadro exigiu cuidados mais intensivos, prolongando a internação. O hospital emite dois boletins diários para atualizar da saúde do Papa.
Em entrevista à reportagem da Rádio Caxias, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, destacou a preocupação da comunidade católica com a saúde do pontífice, ressaltando que a condição de saúde instável mobiliza fieis ao redor do mundo em oração. O bispo elogiou a dedicação e proatividade de Francisco, características marcantes de seu papado. Disse também que a saúde fragilizada do Papa levanta questionamentos sobre uma possível renúncia, abrindo caminho para um sucessor dar continuidade à missão da Igreja.
Dom José também enfatizou que a liderança de Francisco trouxe um novo dinamismo à Igreja, aproximando fieis e promovendo reflexões sobre temas considerados sensíveis dentro da tradição católica. Essa postura inovadora, embora tenha conquistado muitos, também gerou debates e resistências em certos setores da própria Igreja.
Segundo Dom José, enquanto a comunidade católica se mantém em vigília e oração pela recuperação do Papa, a incerteza sobre os próximos passos do pontificado seguem como um tema de grande repercussão mundial.