O Juventude faz campanha segura no Campeonato Brasileiro e busca se consolidar entre os grandes do país. Dessa forma, o clube realiza melhorias em suas estruturas no CT e Estádio Alfredo Jaconi. Recentemente, houve uma aproximação com a Confederação Brasileira de Futebol e o trabalho desenvolvido no alviverde é visto com respeito e admiração na entidade. A possibilidade de SAF não avançou nas primeiras sondagens pelos números não serem vantajosos no momento.
Com a verba arrecadada na temporada, o Juventude possui recursos para investir no futuro. Mesmo assim, o orçamento é apertado. O clube adquiriu terrenos próximos ao Jaconi e avança em melhorias no seu Centro de Treinamento. A construção de novos campos e a implantação do segundo prédio do CT está em andamento. O presidente Fábio Pizzamiglio comemora o fato das evoluções estruturais estarem acontecendo. “O que eu mais senti na eliminação para o Corinthians foi que a gente tem mil planos na cabeça para executar em curto prazo, mas demoramos porque precisamos criar caixa. Passando poderíamos ter feito muita coisa que a gente sonha. Resolver problemas dos banheiros e iluminação. Estamos fazendo investimentos no CT. Estamos construindo o campo 7. Vamos usar uma grama que vai se adaptar no verão e inverno. São coisas que não aparecem, mas estamos fazendo pra deixar o Juventude mais próximo do que precisa para bater de frente com os grandes”, destaca.
A relação do Juventude com a CBF melhorou nos últimos anos. A evolução alviverde foi sentida na Confederação e o trabalho é valorizado. “O que nos aproximou foi ser correto, mostrar nosso lado e não ter medo de falar. O Paulo (Stumpf) se aproximou com o Ednaldo (Rodrigues). Mostramos que tentamos fazer o melhor pelo clube. Isso é bem visto na CBF. Sempre tivemos bom contato e abertura com essa diretoria. O Juventude vem sendo cada vez mais reconhecido”, aponta o Fábio Pizzamiglio.
O alviverde é favorável ao fair play financeiro, mas existe preocupação em relação a forma que pode ser implementada para que não haja maior “distância” na busca por contratações. “Nosso orçamento na maioria das vezes precisa ter superávit. Temos que cumprir obrigações passadas e desse ano, que foi previsto superávit de R$11 milhões para fazer pagamento de dívidas passadas e terminar o ano no 0 a 0. Tem muitos clubes que não tão nem aí pra isso”, afirma.
O futebol brasileiro tem apresentado altos valores e o mercado segue sendo competitivo. Apesar disso, a SAF não é uma solução mágica para diminuir a distância com quem mais investe. O Juventude está preparado para se tornar SAF, mas ainda não chegou uma proposta que agradece ao clube. “Vejo que esse ano deu uma esfriada nesse mercado. O investimento que vem, mesmo parecendo enormes, fariam pouca diferença perto do que tem. A gente tem que ter os pés no chão. Temos que pensar como será feito o investimento. É um contrato pra sempre”, explica Fábio Pizzamiglio.
OUÇA
A entrevista completa do presidente Fábio Pizzamiglio no Lance Direto:
https://www.youtube.com/live/JALIkQKN_hE?si=AxVWiWuNivf2COjv