Após os diversos casos de crânios encontrados em espaços públicos de Caxias do Sul, um processo de investigação foi iniciado. Em entrevista à Rádio Caxias nesta semana o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Raone Nogueira, citou a suspeita de que os cadáveres são utilizados para a prática de rituais religiosos. O delegado cita que dentro do Cemitério Público II, no bairro Rosário, um ossário foi violado e existe a suspeita de que os restos mortais tenham saído desse local.
Em busca de entender como funciona a segurança dos cemitérios públicos municipais I e II a reportagem conversou com o secretário de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), Paulo Rosa da Silva. Ele citou que a Guarda Municipal atua em conjunto com os zeladores dos espaços, se dirigindo aos cemitérios sempre que acionada. Entretanto, o secretário detalha que em nenhum momento as equipes de segurança receberam algum chamado referente a uma invasão ou arrombamento do ossário no Cemitério Público II.
O primeiro caso de um crânio encontrado em Caxias do Sul foi registrado no dia 3 de junho, em uma praça no Loteamento Vila Amélia. O primeiro foi identificado por algumas crianças que brincavam no local. No mesmo dia, mais dois foram encontrados no mesmo espaço pela polícia. Próximo ao local, no dia 3 de julho outro crânio foi encontrado. A praça desses casos fica próxima ao Cemitério Público II, onde houve a violação do ossário.
Já no dia 11 deste mês, outro crânio humano foi encontrado, desta vez no Parque Cinquentário. Por último, nesta segunda-feira (15) um sexto esqueleto humano foi achado no bairro Desvio Rizzo. O crânio foi encontrado em uma área verde.
O secretário de Segurança Pública detalha que a fiscalização dos espaços mortuários segue da mesma forma e que qualquer registro de tentativa de depredação ou invasão os devidos encaminhamentos serão feitos para a delegacia de polícia.
O delegado Raone Nogueira, responsável pelo caso, destacou em contato com a Rádio Caxias que as investigações seguem em segredo de justiça e atualizações sobre esses casos devem ser repassadas apenas com o fim do inquérito.