A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul divulgou nesta quinta-feira (9) os resultados econômicos do município referentes ao mês de março deste ano. Os dados revelam um crescimento expressivo de 4,5% em comparação com o mês anterior. Todos os setores demonstraram desempenho positivo, com a indústria liderando com um aumento de 5,2%, seguida pelo setor de serviços com 4,5% e o comércio com 2,4%.
Quando comparado a março de 2023, o crescimento é ainda mais significativo, atingindo 12,8%. O setor de serviços despontou com um aumento de 18,7%, seguido pela indústria com 12,9% e o comércio com 2,3%, todos evidenciando uma notável expansão.
Ao analisar o desempenho acumulado no ano, comparando o primeiro trimestre de 2024 com o mesmo período do ano anterior, observa-se uma aceleração notável nos setores de serviços, com um crescimento de 20,6%, e na indústria, com 8,7%. Por outro lado, o comércio registrou uma leve redução de -0,7%. No geral, o indicador demonstra um aquecimento de 10,6% na economia local.
De acordo com o presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, estes dados não podem ser avaliados isoladamente. Ele afirma os bons resultados e entregas do mês, mas destaca o contexto de calamidade pública que o estado do Rio Grande do Sul enfrenta frente à enchente que assolou os municípios nas últimas semanas, o que refletirá nos levantamentos dos próximos meses.
Os números do Termômetro de Vendas da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) colaboram com essa tendência de crescimento, com um aumento de 2,40% no comércio em relação a fevereiro de 2024. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um incremento de 2,32%.
Para o assessor de economia e estatística da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Mosár Leandro Ness, esses números são interpretados como um sinal claro da retomada definitiva das atividades na cidade. Ele destaca que a sociedade voltou a produzir em um ritmo mais acelerado, o que beneficia o comércio local. Contudo, Mosár adverte para os possíveis impactos a médio prazo das condições climáticas adversas sobre determinados setores da economia.
O assessor ainda destaca que o crescimento de mais de 2%se deve especialmente à manutenção da queda da taxa básica de juros, que deixa o crédito mais acessível.