A cúpula das Forças Armadas e o Ministério da Defesa decidiram abrir o alistamento militar feminino para ingresso na carreira de soldado, a partir de 2025. É a primeira vez na história do Brasil que isso ocorre. Contudo, o alistamento militar não será obrigatório, como no caso dos homens. Quem explica é a advogada e também titular da Coordenadoria da Mulher, em Caxias do Sul, Fabrine Souza. Atualmente, há 34 mil mulheres nas Forças Armadas, em um universo de 360 mil militares.
Na opinião da advogada, apesar de divergências sobre a quantidade de vagas reservadas às mulheres, essa decisão representa um passo significativo, em direção à equidade de oportunidades e à valorização do papel das mulheres, nas instituições militares. Ainda conforme a advogada, durante a Segunda Guerra Mundial a mulher teve um papel importantíssimo tanto na produção bélica, quanto no combate direto, em se tratando de questões de ordem estratégia. Portanto, ela acredita que a medida deve despertar o interesse daquelas que já tinham uma inclinação natural para a carreira militar e que, agora, tem o direito garantido.
Mulheres que completarem 18 anos, em 2025, já poderão iniciar suas funções no Exército, na Marinha ou na Aeronáutica, no ano seguinte. A decisão do ministro da defesa, José Múcio Monteiro, acontece após a criação de um grupo de trabalho, em abril, para definir procedimentos necessários para a participação voluntária feminina no Serviço Militar. O objetivo da medida seria para que as mulheres também ingressassem na infantaria, contribuindo de forma ativa e combatente. A expectativa é que essa abertura proporcione maior diversidade e expertise às Forças Armadas, fortalecendo a segurança nacional.
Principais Pontos:
- Voluntariedade: O alistamento feminino será voluntário, sem a obrigatoriedade de se apresentarem às Forças;
- Idade: Mulheres que completarem 18 anos em 2025 poderão se alistar;
- Previsão de Ingresso: Espera-se que as mulheres comecem a integrar as Forças Armadas em 2026.