Um homem, conhecido como “Cigano”, está sendo procurado pela polícia no Rio Grande do Sul após romper a tornozeleira eletrônica que utilizava como parte de uma prisão domiciliar concedida pela Justiça Federal. De acordo com a Polícia Civil, ele é considerado um dos principais nomes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado. O homem teve sua liberdade temporária autorizada para supostamente passar por tratamento médico fora do sistema prisional.
O foragido ganhou o benefício de cumprir a pena em casa por sessenta dias, sob monitoramento eletrônico, alegando necessidade de realizar uma cirurgia de hérnia de disco, procedimento que não estaria disponível na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC). A decisão judicial não foi contestada pelo Ministério Público Federal, que havia sido informado da medida.
O acusado foi capturado anteriormente em Juquitiba, no interior de São Paulo, dias após o violento assalto ao Aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, no qual criminosos roubaram aproximadamente R$ 15 milhões. Durante a ação, o 2º sargento Fabiano Oliveira, da Brigada Militar, foi morto em confronto com os assaltantes. O episódio teve grande repercussão e envolveu, além do PCC, integrantes da facção gaúcha Bala na Cara, segundo investigações. Cigano também responde por tráfico de drogas e estaria envolvido na aquisição de pontos de venda de entorpecentes em São José dos Campos (SP), ampliando a influência do grupo criminoso fora do Rio Grande do Sul.
A quebra do monitoramento judicial reacendeu críticas sobre a concessão de benefícios legais a criminosos de alta periculosidade, mesmo sob justificativas médicas. As circunstâncias da fuga estão sendo investigadas, e forças de segurança trabalham para localizar e recapturar o foragido.