Para os três entrevistados, dançar é isso. É ter o direito de ter um momento de liberdade por meio de gestos, é usar como uma forma de sobreviver aos obstáculos da rotina, é respirar e viver em todos os momentos.
Além disso, a dança também é uma forma de se comunicar. Ainda na pré-história, através do movimento do corpo, da batida do coração, do caminhar, os seres humanos criaram essa arte como forma de expressão. Por meio das pinturas encontradas nas cavernas, sabemos que homens e mulheres já dançavam desde aquele período.
A partir disso, a dança foi evoluindo para novos ritmos, novos estilos, novas maneiras de redescobrir o próprio corpo como um meio de interação com o outro. Para a jovem dançarina, Celine Monteiro de Oliveira, de 14 anos, que iniciou sua trajetória nesse mundo artístico aos cinco anos, a dança contemporânea é a forma de mostrar um pouco de quem ela é.
Já para Rúbia Aparecida Ventura da Silva, também de 14 anos, a arte já estava no sangue devido as influências de sua família, mas o que fez com que ela se apaixonasse pelo universo das danças e começar a entender como gostaria de se mostrar para o mundo, foi o ritmo do Hip Hop.
E a força feminina citada por Rúbia é algo muito presente no mundo da dança. Principalmente quando falamos de saúde física e mental. Além de ter o poder de aumentar a autoestima da mulher, a dança também é quase que fundamental para uma melhor qualidade de vida.
A professora de dança, Leandra Dalla Rosa, destaca que essa arte também serve para transmitir emoções que nem sempre conseguimos traduzir em palavras.
Ela também traz que o dom de ensinar a dança, seja qual for, é como uma realização a cada passo dado no palco.
Da mesma forma que o palco é o momento de brilhar, ele também pode servir como o passo perfeito para transformar a dança como uma forma de sustento. O dançarino e professor de ballé, Michael Vargas, de 28 anos, foi incentivado pela família desde criança a adentrar neste espaço e desde então, nunca mais saiu, decidindo tornar o até então, hobby, em uma forma de viver disso.
Um ponto que chama bastante atenção na fala de Michael é sobre o seu início nessa carreira, que foi por um projeto social em que sua mãe o colocou ainda criança, desta forma, é possível perceber a importância de políticas públicas voltadas para essa arte que pode mudar o futuro de um indivíduo.
A coordenadora da Unidade de Dança da Secretaria de Cultura de Caxias do Sul, Paula Giusto, comenta como o departamento busca incentivar essa arte para a comunidade local e ainda como o evento “Semana da Dança”, realizado em celebração ao Dia Internacional da Dança comemorado no dia 29 de abril, é uma importante chave para aproximar ainda mais a população desse movimento.
Paula também salienta como a dança é um dos itens essenciais para o ser humano e quais são os benefícios que ela traz para quem a pratica.
Bom, acredito que todos esses relatos, foi possível compreender a dimensão da dança e como ela pode ser o alicerce para uma vida melhor, mais leve e divertida. É que nem aquele ditado popular, “quem dança, seus males espanta”. Uma frase curta, mas que é confirmada por todos aqueles que utilizam dessa arte como uma forma de se expressar.
Foto: Rodrigo Rossi/Divulgação