Nos últimos meses, o Caxias recebeu visitas de empresários estrangeiros e brasileiros interessados em abrir uma discussão sobre a criação de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no Grená. A intenção do clube é de ter uma parceria com aporte financeiro para os próximos anos. Em entrevista para a Rádio Caxias, o Vice-Presidente, Mauricio Grezzana, comentou sobre a responsabilidade de estruturar o clube.
No dia 14 de outubro de 2024, no Salão Nobre João Prata Viera, no estádio Centenário, 113 conselheiros do Caxias participaram de uma votação para aprovar ou não a possibilidade de uma SAF no Caxias. Na época, foram 111 votos favoráveis.
Desde a decisão favorável ao modelo, o clube trabalha e se prepara para virar uma SAF. Nos últimos meses, o Caxias recebeu propostas e visitas para acertar uma futura parceria. A ideia da direção é de ter um parceiro para dar um aporte financeiro ao Grená nos próximos anos.
Em setembro, empresários portugueses foram os primeiros a conhecerem a estrutura e o clube grená. Além disso, norte-americanos, holandeses e chineses também estiveram no estádio Centenário. Com isso, o Caxias recebeu propostas, mas por falta de garantias dos grupos interessados não ocorreu negociações.
Maurício Grezzana destacou que ainda há muito trabalho a ser feito no clube antes de concretizar uma parceria: “Conversamos com várias pessoas conhecidas, grupos de investimento, recebemos sim algumas propostas de algumas empresas interessadas em participar e iniciar no processo de SAF, mas nada foi adiante, por falta de garantias desses grupos interessados. Nós ainda temos muito caminho a trilhar, tanto na questão técnica de desenvolvimento , quanto dentro do nosso trabalho do dia a dia”.
“Tivemos algumas empresas visitando o clube. Teve pessoas da China, de Portugal, dos Estados Unidos e de outros países também. Pessoas com grupos distintos procurando e tentando entender como é a estrutura do Caxias”, esclareceu o Vice-Presidente sobre as propostas recebidas.
Entre outros grupos de investidores e representantes que visitaram o estádio Centenário, o Caxias recebeu Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo, sócio da empresa LG2, que está próximo de firmar uma parceria no futebol de Sergipe, com o Confiança.
Grezzana considerou positivas as conversas com Landim: “Deu várias dicas bem importantes para nós, para que o clube se estruture, se reforce, um amigo, assim, bem importante para a gente. Agora, claro, o Landim gostou muito, só que ele está já com uma SAF e faz pouco tempo que fechou. Dentro do nosso sistema brasileiro ele, por exemplo, não pode ter um segundo clube, então realmente foi só uma conversa”.
Apesar das visitas de pessoas de fora do estado e do país, o Caxias dá preferência a uma SAF composta por investidores da região e conselheiros do Caxias. Grezzana, comentou sobre essa possibilidade de uma parceria com pessoas próximas do clube: “ Então, o que a gente pensa é mais viável, mais pé no chão, com investidores conhecidos dos conselheiros, dos torcedores do Caxias que possam participar. Porém, isso tudo são suposições. A gente sentiu que esse caminho seria muito mais saudável e seguro para que não aconteça de daqui dois ou três anos o pessoal abandonar o clube e sair fora. Mas está tudo aberto ainda, repito, ainda está aberto”.
O projeto do clube para os próximos anos é de buscar mais recursos para o futebol, além de melhorar a estrutura do estádio Centenário e do CT Baixada Rubra ou até adquirir mais terrenos. O Caxias também planeja melhorar as condições para os atletas da base.
“É fundamental que a gente tenha um CT estruturado, porque não é mais como se fazia 30 anos atrás. Uma base, onde podia dormir dentro do estádio, onde não tinha uma nutrição adequada, não tinha uma estrutura de fisiologista, de psicólogos, hoje tem que estar muito mais profissional. A gente precisa de uma base sem sombra de dúvidas”, ressaltou o Vice-Presidente.
O discurso deste momento é de muita cautela e estudos para apresentar nos próximos meses um modelo ideal de SAF para os conselheiros do clube.
“Neste ano é certo que não vai acontecer e 2026 será um ano de estruturação. Provavelmente nós não vamos conseguir tempo hábil para se tornar SAF em um ano, porque é difícil, mas vamos conseguir deixar claro todos os desafios que a gente tem pela frente. Para ter uma SAF estruturada e coesa que dure décadas, que é o que a gente quer, é mais dolorido, é mais difícil, é mais suado”, finalizou Mauricio Grezzana.
Confira a entrevista completa com o Vice-Presidente do Caxias, Mauricio Grezzana: