Nesta sexta-feira (16), os servidores públicos municipais de Caxias do Sul se mobilizaram em protesto no largo da Prefeitura Municipal reivindicando aumento salarial e uma reestruturação de cargos e padrões salariais.
Em dois momentos do dia, um pela manhã e outro pela tarde, líderes do sindicato se reuniram com um grupo de representantes do Executivo para negociar um possível acordo. Terminadas as negociações, as lideranças sindicais apresentaram as propostas do governo em assembleia realizada no largo da Prefeitura.
Foi mantida a proposta inicial do Governo Adiló para reajuste de apenas 1% do salário sobre a inflação para os servidores, para ser pago a partir da folha de setembro. Esse índice representa o limite de viabilidade orçamentária do município. Os servidores já receberam a reposição da inflação que foi de 4,83%. Inclusive 2% desse total eles receberam ainda em 2024, segundo a prefeitura. O que os servidores reivindicam é um aumento de 5,5% a mais, ao invés de 1%. Por esse motivo, negaram a proposta e foi aprovado mais um dia de paralisação, na segunda-feira (19), agora em estado de greve.
No que diz respeito ao projeto de lei de reestruturação de cargos e padrões salariais, a proposta da Administração Municipal é que a implantação ocorra de forma escalonada, com aplicação de 10% em agosto de 2026, 15% em 2027, 2028 e 2029, e 22,5% em 2030 e 2031. A efetivação dessa proposta está condicionada à proposta de implementação de medidas de ajuste financeiro, entre as quais destacam-se a redução de horas extras, ampliação da carga horária na saúde e assistência e outras iniciativas que, conforme a proposta do governo, deveriam ser apresentadas à categoria no início de setembro, antes do envio do projeto à Câmara Municipal para apreciação. Os servidores votaram favoráveis a essa proposta, porém, solicitam que ela seja apresentada a categoria antes do mês proposto.
A presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, explica as razões do sindicato para esse dia de paralisação.
Por volta das 8h desta sexta, a prefeitura informou que, das 82 escolas municipais, 69 aderiram ao movimento. O Sindiserv pretende convencer as escolas que não aderiram à paralisação para que se juntem à luta na segunda-feira.