A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu uma nova restrição ao Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, de Caxias do Sul. A determinação entra em vigor no dia 14 de março. Ela restringe a, no máximo 28, o número de voos semanais. Há um mês, o terminal havia recebido a determinação de que não poderia operar voos com aeronaves de grande porte.
Segundo o secretário de Trânsito, Transporte e Mobilidade de Caxias do Sul, Alfonso Willenbring Júnior, as restrições, impostas pela Anac dizem respeito a uma inspeção, realizada em setembro de 2023. Foram apontadas algumas irregularidades com relação ao cercamento do aeroporto, e questões de segurança quanto a equipamentos inoperantes do Corpo de Bombeiros.
O secretário lembra que houve uma primeira restrição da Anac que, à época, limitava o pouso de aeronaves do modelo 4 Charlie (4C). Neste sentido, esclarece que o Hugo Cantergiani jamais recebeu esse tipo de aeronave, assim como, os modelos restritos agora pela Anac, ou seja, o Airbus A320 e A321. Apesar disso, Willenbring revelou que algumas companhias áreas solicitaram a operação dessas aeronaves de maior porte no terminal.
Entre as restrições impostas pela Anac, o secretário cita a medida cautelar que impede que o aeroporto receba mais de 28 voos semanais. No entanto, atualmente, o aeroporto opera com teto máximo de 22 semanais. Ainda que houvesse uma expectativa de ampliar isso para até 27 voos no próximo mês. Contudo, somente depois de corrigir essas situações em aberto com a Anac.
Na avaliação do secretário, a restrição da Anac deverá ser revertida em até dois meses, ou seja, antes do prazo limite. Isso porque, recentemente, foi contratado uma assessoria especializada em serviços aeroportuários, pelo período de 180 dias, o que deve permitir toda essa inovação tecnológica, inicialmente, prevista para ser implementada, a partir de 2025.
Com relação aos recursos necessários para viabilizar as melhorias no aeroporto, Alfonso Willenbring Júnior esclarece que, até meados de 2023, os recursos oriundos das taxas de desembarque e de permanência de aeronaves era administrado pelo Departamento Aeroportuário do Governo do Estado. Atualmente, os recursos ficam no caixas do Hugo Cantergiani, ou seja, podem ser aplicados em melhorias do espaço aeroviário.