A safra de ameixa neste ano deve registrar bons números. A fase de colheita da fruta que já está bem avançada – inicia em dezembro e se estende até meados de fevereiro – tem apresentado bons resultados, impulsionados pela colaboração do clima no final de 2024.
Com uma área de cerca 1.000 hectares, a Serra é a principal região produtora da fruta no Estado, abastecendo o mercado interno, principalmente o sudeste e o centro do país. As maiores produtoras de ameixa são Caxias do Sul, Farroupilha, Antônio Prado, Pinto Bandeira e Flores da Cunha.
Apesar da variação de microclimas na região, onde alguns pomares apresentaram vasta produção, enquanto outros apresentaram baixa carga, os números devem superar a safra anterior, como destaca o engenheiro agrônomo e coordenador de fruticultura e hortaliças do escritório regional da Emater de Caxias do Sul, Enio Todeschini.
Com a safra marcada pela melhor qualidade e menor quantidade da fruta, os preços obtidos pelos produtores tendem a ser melhores. Segundo Todeschini, o valor de remuneração ao produtor teve um aumento de 20%, ficando em torno dos 5 reais por quilo, ajudando a recuperar as perdas anteriores advindas das condições climáticas.
Os mais de 1000 hectares de pomares da fruta na Serra são a fonte de sustento de cerca de 350 propriedades. A colheita deste ano deve chegar a marca de 10 mil toneladas, de acordo com estimativas da Emater/RS-Ascar. Todeschini também destaca o processo de colheita da ameixa, que ocorre por etapas, colhendo apenas as já maturadas.
Duas variedades são responsáveis por 85% da produção da fruta na Serra, a fortune, conhecida popularmente como italiana, e a Letícia, que é uma variedade mais doce e macia porque a maturação é mais tardia, geralmente em janeiro. A ameixeira é uma planta de clima temperado, que necessita de invernos frios, primaveras amenas e verões quentes, para favorecer a sanidade e a coloração dos frutos.