No ano de 2025, comemoram-se os 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, cujo marco será o dia 20 de maio, pois, em 1875, chegaram a Nova Milano, atual Farroupilha, os primeiros imigrantes italianos. O primeiro ciclo migratório ocorreu entre 1875 e 1914, trazendo para o Estado cerca de 84 mil pessoas, que deixaram a Lombardia, o Vêneto e o Tirol em busca de oportunidades e fugindo das tensões que culminaram na Primeira Guerra Mundial. O ápice da imigração foi entre 1884 e 1894, com a chegada de 60 mil italianos, que ajudaram a forjar o Estado.
Pensando na ideia de valorizar o legado deixado pelos imigrantes italianos que chegaram em terras gaúchas em 1875, a Rádio Caxias está veiculando desde o dia primeiro de maio e se estende até o último dia do mês (31), uma série de depoimentos anexados a programação durante os diferentes horários da programação jornalística, esportiva e de entretenimento. As falas reúnem a participação de autoridades de diferentes setores da sociedade, como políticos, empresários, pesquisadores da imigração, agricultores, entidades e associações de classe, expressando em palavras, o significado do trabalho e o testemunho dos que construíram, mesmo com as dificuldades encontradas, uma das regiões mais desenvolvidas do Estado e do Brasil.
Entre os depoimentos exclusivos que estão rodando durante toda a programação da emissora caxiense em 93,5 FM e plataformas digitais, destaque para o Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella; o embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese; o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Pepe Vargas, o Cônsul-Geral da Itália no Rio Grande do Sul, Valerio Caruso, os pesquisadores da imigração italiana, Vitalina Frosi e Vânia Herédia, o Diretor do Instituto Memória Histórica e Cultura da Universidade de Caxias do Sul, Anthony Beux Tessari; os historiadores, Terciane Luchese e Eduardo Reis, o reitor da UCS, Gelson Rech, o prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, a rainha da Festa Nacional da Uva 2024, Lizandra Mello Chinali, e as princesas, Eduarda Ruzzarin Menezes e Letícia de Carvalho e o bispo de Caxias do Sul, Dom José Gislon, entre outras personalidades.
Durante todo o ano o Rio Grande do Sul comemora os 150 anos da Imigração Italiana através do Decreto 57 558/2024, onde as festividades iniciaram no 1º de janeiro e se estendem até 31 de dezembro de 2025.
A imigração italiana no Rio Grande do Sul
A imigração italiana no Rio Grande do Sul começou em 1875, com a chegada de imigrantes da Lombardia, Vêneto e Tirol. Os imigrantes desembarcavam no Porto de Rio Grande e seguiam para Porto Alegre, onde eram encaminhados para as áreas de colonização, como a Serra Gaúcha. Em 1875, foram fundadas as primeiras colônias italianas, como Nova Milano (atual distrito de Farroupilha) e Bento Gonçalves. A busca por melhores condições de vida e a fuga de problemas na Itália, como as tensões políticas e econômicas, motivavam os imigrantes a se mudarem para o Brasil.
O governo brasileiro incentivava a imigração oferecendo terras, passagens e apoio para a instalação dos imigrantes. A chegada dos imigrantes foi um desafio, pois a região era densamente florestada e com pouca infraestrutura. Os imigrantes italianos trouxeram consigo a cultura do vinho, que se tornou um importante produto da região, e a cultura religiosa, que influenciou a cultura local.