O progresso da tecnologia e a crescente popularização do acesso à internet têm proporcionado diversos benefícios para a educação e a interação social. No entanto, essas mudanças também abriram novas oportunidades para riscos significativos. Um dos principais problemas é a violência sexual contra crianças e adolescentes no ambiente digital, que pode se manifestar de várias maneiras, incluindo aliciamento, assédio, pornografia infantil, cyberbullying e a divulgação não autorizada de imagens.
Situações recentes, como a denúncia do youtuber Felca sobre a adultização infantil e a exploração de imagens de crianças em plataformas online, ressaltam a urgência dessa questão.
Segundo a promotora de Justiça Cristiane Corrales, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Educação, Infância e Juventude do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), os pedófilos agem nas redes sociais criando perfis fakes, fazendo amizade com crianças e adolescentes para, por fim, pedir imagens íntimas sob ameaças e/ou chantagem. Corrales alerta para que os responsáveis monitorem e, por vezes, adiem o uso das redes por parte das crianças e adolescentes.
Em situações de suspeita ou confirmação de violência sexual contra crianças e adolescentes, o Disque 100 se mantém como um dos principais meios de denúncia. Este serviço é gratuito, opera 24 horas por dia e garante atendimentos anônimos.
Os relatos são avaliados de forma individual e, quando necessário, são encaminhados principalmente para o Conselho Tutelar, além de outros órgãos como o Ministério Público, Delegacias Especializadas e serviços de assistência social.