No segundo dia de paralisação, realizado na sexta-feira (23), em frente à Secretaria Municipal da Educação (Smed), os profissionais da educação infantil das escolas de gestão compartilhada, vinculados ao Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e de Formação Profissional (Senalba), rejeitaram uma nova proposta apresentada pela Prefeitura de Caxias do Sul. A proposta, encaminhada pela Smed, previa um acréscimo de 1% ao reajuste de 5,60% oferecido anteriormente, totalizando 6,60%, mas apenas para os educadores. Para os demais trabalhadores, o índice de 5,60% seria mantido. Além disso, a proposta mantinha a redução dos descontos aplicados sobre o vale-transporte e o vale-combustível, de 6% para 5%, e sobre o tíquete-alimentação, de 10% para 8%, para todos os profissionais. Também incluía o pagamento de adicional de insalubridade de 40% para o cargo de cuidador educacional.
De acordo com o presidente do Senalba, Claiton Melo, após análise em assembleia na tarde de sexta-feira, a categoria considerou a proposta insuficiente, especialmente por não estender o acréscimo de 1% a todos os profissionais. Agora, os trabalhadores aguardam até segunda-feira (26) uma nova proposta do Executivo. A expectativa do sindicato é avançar nas negociações e retomar as atividades na terça-feira (27). Caso não haja acordo, a paralisação deve continuar, comprometendo o atendimento nas instituições.
A categoria reivindica um reajuste próximo de 12% para repor perdas acumuladas nos últimos anos, além de melhores condições de trabalho, a implementação do escalonamento salarial para garantir o piso do magistério e a correção de defasagens salariais. Caxias do Sul possui atualmente 50 escolas de educação infantil de gestão compartilhada, administradas por quatro entidades, que atendem cerca de 6 mil crianças entre creche e pré-escola.