Os policiais civis do Rio Grande do Sul realizarão uma paralisação na próxima terça-feira (11), em meio a uma série de reivindicações à administração estadual. O principal pedido é que o governo inclua no orçamento de 2026 a revisão geral dos salários dos servidores públicos, estimada em 15,2%.
Além da demanda salarial, o movimento busca a retomada da simetria com os capitães da Brigada Militar, a publicação das promoções represadas, a melhoria das condições de trabalho e da infraestrutura das unidades policiais e a restauração da paridade nas aposentadorias, por meio da aprovação da Emenda da COBRAPOL à PEC da Segurança Pública. Também há preocupação com a exoneração dos mais de 100 servidores concursados apenas no segundo semestre de 2025.
O vice-presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (UGEIRM), Fábio Castro, explica que a mobilização pretende chamar atenção para o atual cenário da segurança pública e denunciar a falta de diálogo por parte do governo estadual, que, segundo ele, não recebeu representantes da categoria nos últimos oito anos.
Em Caxias do Sul, a UGEIRM já havia denunciado anteriormente a precariedade estrutural da 1ª Delegacia de Polícia e da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Nos últimos meses, o prédio da 1ª DP registrou dois alagamentos, com infiltrações e perdas materiais que comprometeram o andamento de investigações. A DPCA enfrenta problemas semelhantes, conforme constatado por dirigentes do sindicato em vistoria realizada no fim de junho.
A paralisação dos policiais civis ocorrerá em conjunto com outros setores do funcionalismo estadual, como os professores da rede pública, que também reivindicam reposição salarial.





