A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte de uma mulher, de 45 anos, que caiu do segundo andar de uma academia durante um exercício físico em Caxias do Sul. O caso ocorreu em março de 2025 e resultou no indiciamento de cinco pessoas por homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
Entre os indiciados, estão o proprietário da academia, o arquiteto responsável pela construção do prédio e três agentes públicos do município. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
Segundo o delegado Edinei Albarello, que conduziu a investigação, além do proprietário da academia, o arquiteto não apenas projetou como também executou a obra, desrespeitando exigências técnicas previstas. Os servidores públicos, por sua vez, teriam responsabilidade na liberação da licença de construção e na emissão do alvará de funcionamento da academia.
A perícia técnica apontou falhas estruturais no local do acidente. O vidro contra o qual a mulher se chocou, tinha apenas quatro milímetros de espessura — inferior ao recomendado — e o aparelho de exercício do tipo “graviton” estava instalado a apenas 70 centímetros da parede de vidro.
Ainda não há confirmação sobre o que provocou a queda. Se foi um mal súbito ou um desequilíbrio. Um exame toxicológico está em análise para verificar a presença de medicamentos no organismo da vítima.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça. Natural de Caxias do Sul, a mulher trabalhava como tecelã. O caso ocorreu na noite do dia 19 de março, no bairro Esplanada.