De acordo com informações da Polícia Civil que investiga o caso, foi constatado que envenenamento pode ter provocado a morte de três mulheres que consumiram um bolo durante uma reunião de família em Torres, no Litoral Norte do Estado. Segundo a PC, exames detectaram a presença de arsênio no sangue dos sobreviventes, sendo uma mulher de 61 anos, que fez o doce, e o sobrinho -neto, de 10 anos. Além deles, a substância também estava no corpo de Neuza Denize Silva dos Anjos, uma das pessoas que morreu. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.
O químico é a base do veneno arsênico. Ainda não se sabe como nem por quê o produto estava na sobremesa. A possibilidade de premeditação não é descartada, mas não há um indicativo de quem poderia ter colocado a substância ali.
Outra suspeita é que o frasco do veneno possa ter sido confundido com o de outro produto, no momento em que a sobremesa foi feita. A mulher que fez o bolo não é considerada suspeita.
Na terça-feira, as buscas na casa dela não encontraram veneno, além de um frasco com inseticida. A perícia deve determinar se havia arsênico ali.
O marido da mulher que fez o bolo faleceu em setembro, após uma intoxicação alimentar. Ele teria adoecido por supostamente comer um alimento com resquícios de contaminação da enchente. O corpo dele será exumado para análise do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
O caso ocorreu na última segunda-feira, quando uma família estava reunida para confraternizar em um apartamento na rua Alexandrino Alencar, por volta das 18h. Seis pessoas foram hospitalizadas.
As vítimas foram identificadas como Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, Maida Berenice Flores da Silva, 58 anos, e filha dela, Tatiana Denize Silva dos Santos, 43 anos. Elas são, respectivamente, irmãs e sobrinha da mulher que fez a sobremesa. O marido de Tatiana também foi intoxicado, mas teve alta após receber tratamento médico.
Dois pacientes, a mulher que fez o bolo e o sobrinho-neto dela, continuam internados no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. O estado de saúde deles é considerado estável. A dupla foi para um leito e já se comunica com familiares.
*Informações Correio do Povo
