O economista Pedro de Cesaro destacou que as recentes dificuldades do governo brasileiro em vender títulos da dívida pública refletem a percepção de risco do mercado em relação ao futuro da economia.
Segundo Cesaro, o mercado financeiro não se concentra apenas no cenário atual, mas precifica as expectativas para os próximos anos. Conforme o profissional, mesmo que a economia esteja aquecida agora, o mercado avalia o que está sendo feito hoje para garantir estabilidade no futuro. Por isso, reformas estruturais, como a da previdenciária e a tributária, são fundamentais, mesmo que seus efeitos só sejam sentidos a longo prazo.
Os dados reforçam a análise do economista: a média de títulos vendidos pelo governo caiu de 80% para 50% nos últimos meses, enquanto as taxas de juros atingiram níveis comparáveis aos registrados durante a crise econômica de 2015. Para o economista, o governo enfrenta um desafio crucial para recuperar a confiança dos investidores, o que exige medidas claras e eficazes de ajuste fiscal.
Com inflação em alta e o déficit nominal das contas públicas ultrapassando R$ 1,1 trilhão, o economista destacou a importância de ações rápidas para evitar um agravamento do cenário econômico e fortalecer a credibilidade do país no mercado financeiro.
