Em 7 de setembro de 1822, o grito às margens do Rio Ipiranga marcou a ruptura política com Portugal e abriu caminho para a construção de uma nação independente. Mas, 203 anos depois, o Brasil ainda se pergunta: conquistamos, de fato, a independência que liberta consciências, que promove cidadania e que garante uma sociedade mais justa e respeitosa?
Apesar dos avanços em direitos e democracia, especialistas alertam que a independência plena ainda está em construção. A polarização política, a intolerância nas redes sociais e a falta de senso coletivo são sintomas de um país que luta para consolidar valores básicos de civilidade.
Para compreender os desafios atuais, nossa reportagem conversou com o sociólogo Jairo André Anzanello e o professor de história Dr. Roberto Radunz. Eles analisam como a população enxerga a data hoje e de que forma a educação pode ser um caminho para transformar reflexão em prática. A primeira pergunta foi sobre como anda o sentimento de civilidade e cidadania do brasileiro mais de dois séculos após a independência.
Na sequência, questionamos se a polarização política atual influencia a forma como enxergamos nossa história e nossas responsabilidades como cidadãos.
Outro ponto debatido foi de que forma datas históricas, como o 7 de setembro, poderiam ser melhor utilizadas para promover união e reflexão social.
Voltamos a falar sobre civilidade e cidadania no Brasil hoje, considerando as contradições sociais e políticas que o país enfrenta.
Já com o professor Roberto Radunz, a reportagem buscou entender quais lições a independência poderia nos ensinar sobre democracia, respeito e cidadania nos dias atuais.
Também perguntamos como o tema da independência do Brasil é trabalhado hoje nas escolas e entre os jovens.
Outro tema tratado foi o papel da educação como ferramenta capaz de contribuir para uma sociedade mais crítica e engajada.
Por fim, o historiador analisou de que forma a independência realmente mudou a vida da população brasileira da época e se houve avanços reais ou se a estrutura social permaneceu praticamente a mesma.
Mais de dois séculos depois, o grito de independência continua ecoando. Mas, para além das comemorações cívicas, ele pede atitudes concretas: um país que não apenas se proclame livre, mas que viva plenamente a liberdade com respeito, responsabilidade e cidadania.