Apesar de registrar uma leve queda mensal nos dados de maio, o número de consumidores inadimplentes no Rio Grande do Sul aumentou de forma significativa no último ano. O estado registrou um aumento de 10,34% na comparação anual, segundo dados do SPC Brasil com apoio da Federação Varejista do Rio Grande do Sul. O índice supera as médias nacional (6,28%) e da região Sul (6,64%).
Cada consumidor negativado no Estado devia, em média, R$ 4.996,46 no mês de maio. A maioria dos devedores (43%) acumulava dívidas de até R$ 1 mil. O número total de dívidas também teve crescimento de 16,91% no período de um ano, com cada inadimplente tendo 2,23 contas em atraso em média. Segundo o presidente da Federação dos Varejistas do RS, Ivonei Pioner, o crescimento dos índices de inadimplência é resultado da perda do poder de compra dos consumidores, o avanço das casas de apostas e a má utilização do crédito consignado sobre o FGTS.
A faixa etária com maior registro de inadimplência é a de 30 a 39 anos (23,68%), seguida de perto pela de 40 a 49 anos, totalizando juntas 44,84%. A divisão por sexo é equilibrada: 51,38% mulheres e 48,62% homens. A reincidência também preocupa: 85,07% das negativações foram de consumidores que já haviam aparecido no cadastro nos últimos 12 meses. Desses, 62,60% ainda tinham dívidas antigas em aberto.
Já a recuperação de crédito segue em queda. O número de consumidores que regularizaram suas dívidas caiu 15% em um ano. A redução foi maior entre quem quitou os débitos em até 90 dias (-20,59%), em média, R$ 2.586,38 na soma de todas as dívidas que possuía, sendo que 56,91% pagaram até R$ 500,00 dos débitos.