Na reunião-almoço da CIC Caxias desta segunda-feira (4), o especialista em ESG e Sustentabilidade, Luiz Goi, destacou a aplicação de uma abordagem pragmática para a agenda ambiental, social e de governança (ESG). Em uma palestra marcada por provocações e muita clareza sobre o tema, que ainda é visto como algo enigmático por muitos, o consultor ressaltou em sua apresentação que ESG não é sinônimo de sustentabilidade tradicional, tampouco um modismo corporativo. Para ele, o conceito nasceu como resposta a riscos reais enfrentados por negócios em um mundo cada vez mais volátil.
Segundo Goi, que ostenta uma trajetória de mais de 20 anos de experiência em indústrias de diversos setores a nível nacional e internacional, além de ser sócio-consultor na Ecovalor Consultoria em Sustentabilidade e head de ESG na NOW Tecnologia, um dos maiores erros cometido pelas empresas é tratar o ESG como algo separado da estratégia corporativa.
Para o especialista, o conceito nasceu como resposta a riscos reais enfrentados por negócios em um mundo cada vez mais volátil. Ao contrário do que ainda ressoa em parte do setor empresarial, ESG não é apenas para grandes corporações. Goi enfatiza que o conceito pode e deve ser aplicado também em micro e pequenas empresas, desde que respeitando a realidade de cada uma.
A recomendação do especialista para empresas menores é começar pequeno, com foco em riscos mais urgentes ou nas áreas mais cobradas pelo mercado. Goi reforça que a implantação do ESG em toda a cadeia de valor será, cada vez mais, uma exigência para fazer parte de grandes negócios.
No cenário brasileiro, o consultor aponta que empresas com relações internacionais mais consolidadas estão na frente na adoção de práticas ESG, especialmente por pressão de regulamentações externas, como as da União Europeia. Já o agronegócio, apesar de ser uma das forças econômicas do país, ainda enfrenta dificuldades em protagonizar a agenda ESG — embora, segundo ele, tenha enorme potencial para isso. Para Goi, o agronegócio é o setor mais eficiente do Brasil, mas ainda não se reconhece como sustentável.

O encontro também marcou a comemoração aos 70 anos da Soprano, empresa especializada em soluções para casa e construção, reunindo clientes e diversas lideranças empresariais da Serra Gaúcha. O presidente do Conselho de Administração da Soprano, Gustavo Miotti, destacou a marca alcançada e o legado construído ao longo das sete décadas de atuação.
Durante o evento, também foi destacada a incorporação da empresa Tipi ao Grupo Soprano, movimento estratégico que reforça o momento de expansão da empresa.