Apesar da vitória na estreia da Série C, o clima foi de desconfiança do torcedor do Caxias no domingo (13). Alguns torcedores criticaram a atuação da equipe e o técnico Luizinho Vieira. Na entrevista coletiva, o comandante ressaltou que o desempenho do time é um trabalho em construção e pediu mais paciência pelo lado grená.
Uma das principais cobranças do torcedor foi o rendimento da equipe, que teve mais de um mês de treinamento entre o estadual e a Série C. Segundo Luizinho Vieira, algumas criticas são injustas e fazem parte do processo de entendimento do modelo de jogo. “Não vou mudar o que eu penso sobre conceito de jogo. Que é ter paciência pra trabalhar. Eu como comandante do Caxias tenho a obrigação de poder propor o jogo. Não tenham dúvidas que é difícil. No geral, o futebol brasileiro não torce pela jogada. Torce pelo gol”, destaca.
O treinador ficou descontente em ser chamado de “burro” durante a partida e argumentou que sua equipe buscou criar alternativas, diferente do adversário. “Imagina se a gente colocasse como estratégia de jogo o que vimos. Se o Floresta atacasse o Caxias o tempo inteiro e o Caxias jogasse por uma bola. Se eu ganhei o jogo e fui chamado de burro, imagina o contrário”, pontua.
Durante o primeiro tempo, alguns torcedores cobraram a comissão técnica próximo ao reservado do grená. A segurança foi reforçada no local por funcionário do clube. Luizinho Vieira questionou o apoio de parte da torcida. “Ninguém é burro aqui. Não tem ninguém brincando. É o emprego de todo mundo. Eu não gostei que colocaram uns funcionários para poder evitar as vaias. Na verdade estão passando vergonha em cima do que está acontecendo. Estão esquecendo que é esse processo que pode levar o Caxias aonde o torcedor quer. Eu não quero o torcedor só pra comemorar a vitória. Então fica de fora, espera cinco minutos como estávamos vivenciando o jogo (contra o Floresta) e aí entra e aplaude. Porque ao longo do processo, desculpa, mas atrapalha os atletas. Sempre vai atrapalhar”, finaliza.