O ato de assinatura foi realizado no Palácio do Piratini, em Porto Alegre, na tarde desta terça-feira (27), pelo governador Eduardo Leite (PSD), e marca a emissão do Decreto de Utilidade Pública (DUP) da área destinada à implantação do Porto Meridional de Arroio do Sal. A medida representa uma etapa importante para o avanço do projeto, pois permite a regularização fundiária do espaço e viabiliza as desapropriações necessárias para a instalação do porto.
O projeto deve receber um investimento de aproximadamente R$ 1,3 bilhão para contemplar a infraestrutura marinha e a área terrestre, incluindo a construção de uma ponte sobre a Lagoa do Itapeva, que permitirá a ligação do porto com a BR-101. Além disso, será necessária a captação de mais R$ 4,5 bilhões para a implementação dos terminais, etapa que ficará sob responsabilidade das operadoras que irão se instalar no local.
Na semana passada, o prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto (REPUBLICANOS), se reuniu com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e com o diretor de Outorgas de Portos, Bruno Neri, para tratar da futura construção do Porto Meridional no município. Em entrevista à Rádio Caxias, o prefeito destacou a visita realizada em Brasília, que também teve como pauta o Porto do Litoral Norte, outro projeto que passa por análise da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Presente na solenidade desta terça-feira, o prefeito ressaltou a importância do projeto para o desenvolvimento das regiões em todo o Estado.
O diretor executivo do Mobi Caxias, Rogério da Silva Rodrigues, também participou do ato de assinatura e salientou o importante passo dado pelo Estado, que deve proporcionar um grande desenvolvimento para a Serra Gaúcha.
A obra é coordenada pela DTA Engenharia Portuária & Ambiental, empresa responsável pelo projeto técnico, e tem previsão de início para 2026. O porto será construído às margens da Avenida Interpraias Norte, na praia de Rondinha, após a liberação da Licença Ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), bem como da Licença Prévia (LP) e da Licença de Instalação (LI). O local será capaz de receber navios de grande porte, oferecendo uma alternativa aos que hoje encontram dificuldades para atracar no maior porto brasileiro, o Porto de Santos, em São Paulo. A expectativa é de que o porto também receba navios de passageiros, o que deve impulsionar o turismo na região.
O projeto inicial prevê um terminal de uso privado, com capacidade para receber até 40 mil toneladas. A obra também contempla um calado de 17 metros e tem previsão de gerar mais de 2 mil empregos diretos e 5 mil indiretos durante a fase de construção.