A economia de Caxias do Sul registrou queda de 1,7% em abril de 2025, na comparação com o mês anterior. Os dados, divulgados na manhã desta terça-feira (10) pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC Caxias) e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Caxias), fazem parte do Índice de Desempenho Econômico (IDE/Caxias).
O recuo do mês de abril foi influenciado, principalmente, pelo desempenho negativo da indústria, que teve retração de 4,2%, e do comércio, com queda de 1,8%. O setor de serviços, por outro lado, apresentou crescimento de 3% no período, amenizando parcialmente o resultado geral.
Na comparação com abril de 2024, os números também apontam um cenário de desaceleração. A economia do município caiu 3,5%, com destaque para a indústria, que teve retração de 8,5% que acumula o terceiro mês consecutivo de queda nessa base de comparação. O comércio recuou 0,7%, enquanto o setor de serviços manteve desempenho positivo, com alta de 4%.
Segundo o economista e membro da Diretoria de Planejamento, Economia e Estatística da CIC Caxias, Tarciano Mélo Cardoso, os números refletem um desaquecimento da atividade econômica local. Tarciano diz que a economia de Caxias deve continuar crescendo, mas em um ritmo mais lento.
No comércio, de acordo com o economista e professor universitário Mosart Leandro Ness, a queda nas vendas de Páscoa foi apontada como um dos fatores para o desempenho abaixo do esperado em abril. O volume geral de negociações caiu 1,81% em relação a março e 0,73% na comparação com abril do ano passado.
No acumulado de 2025, o comércio registra retração de 0,23%. No entanto, no acumulado de 12 meses, o setor apresenta leve alta de 0,61%, sinalizando estabilidade em médio prazo.
Apesar da retração econômica, o mercado de trabalho formal apresentou saldo positivo em abril, com a criação de 298 vagas com carteira assinada. O setor de serviços foi o principal responsável pelo crescimento, com 261 novas contratações, seguido pelo comércio (137), construção civil (42) e indústria (35). A única exceção foi a agropecuária, que fechou 177 postos de trabalho no período.