Nesta quinta-feira, 10 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Sáude Mental, uma data que serve para conscientização de que devemos estar bem não apenas física, mas também mentalmente. Uma ferramenta que vem sendo cada vez mais recomendada nos consultórios de psicologia e psicanálise é a escrita terapêutica. A reportagem da Rádio Caxias conversou com uma paciente e também com uma psicóloga especializada no tema.
Minéia Frezza, diagnosticada com transtorno bipolar no ano de 2022, é escritora. Mas nem sempre foi, mesmo sendo doutora em linguística aplicada. A ideia de começar a escrever veio justamento após o diagnóstico, por recomendação da sua psicóloga.
Já Amanda Favero é psicóloga especializada em escrita terapêutica. Ela destaca que o hábito de escrever como terapia é uma forma de organizar a vida daquele que escreve, trazendo possibilidades para o paciente perceber estratégias para melhorar o viver.
Outro ponto destacado por Amanda Favero, é que muitos pacientes se sentem desconfortáveis em verbalizar certas coisas, e que na escrita encontram essa oportunidade de externalizar o que os aflige.
Hoje, Minéia segue o tratamento para transtorno bipolar e já publicou dois livros de poesias sobre o tema. Um chamado “Bipolaridade: Em qual episódio ficou minha personalidade”, que descreve o sentimendo do bipolar em momentos de oscilação de humor, e também “Apelos Bipolares”, encorajando as pessoas que têm o transtorno a não desistir, e às pessoas próximas a elas a como lidar melhor com as situações que podem surgir por ocasião da doença. Minéia concorda com Amanda no que se refere à escrever para organizar a própria vida.
A escrita terapêutica é uma ferramenta usada pelos profissionais da saúde para auxiliar ainda mais no tratamento dos pacientes, mas a terapia continua sendo fundamental para a saúde mental e para o auto-conhecimento.