A comunidade regional consolidou as seis propostas aptas para os eleitores da Serra Gaúcha a votarem na Consulta Popular 2025, em outubro. Os projetos foram definidos durante assembleia organizada pelo Conselho Regional de Desenvolvimento da Serra (Corede Serra), na UCS, em Caxias do Sul, na segunda-feira (08), e concorrem para receber um investimento total de pouco mais de R$ 1,8 milhão do governo do Estado.
Os projetos escolhidos foram o “Aparelhamento da Defesa Civil”; “Indicação Geográfica do Queijo Colonial da Serra Gaúcha”; “Modernização dos Equipamentos para cursos de Doces e Salgados e Laticínios do Centro de Formação de Fazenda Souza (Cefas)”; “Apoio ao fortalecimento do APL do Basalto da Serra Gaúcha”; “Robótica para Jovens – Emprego e Futuro na Serra Gaúcha”; e o “Novo Centro de Agricultura Familiar (Cenaf) como Polo de Conhecimento e Transformação Regional”.
Apenas os quatro mais votados terão direito ao rateio. A votação será de 6 a 10 de outubro e a homologação dos resultados será no dia 17. A economista e primeira secretária do Corede Serra, Monica Mattia, explica que cada um dos projetos escolhidos deve receber R$470 mil.
Ela lembra que se no passado o montante era bem maior, atualmente não se consegue passar da casa dos R$60 milhões para os 28 coredes no estado. Apesar do cenário, ela destaca exemplos interessantes conquistados com pequenos recursos. Entre eles, cita a constituição de um novo roteiro de enoturismo na região, envolvendo 12 municípios, que não teria sido viabilizado se não fosse o valor da iniciativa.
Apesar de ser o maior colégio eleitoral do interior do Estado, a região fica em penúltimo lugar no número de votos obtidos na Consulta. A última edição não passou de cinco mil votos. Reflexo da redução de verbas e da exclusão de áreas importantes, somadas a votação totalmente online, a professora pontua a necessidade da consulta ser reestruturada. Aponta ainda a busca pela mobilização dos jovens e da tentativa de envolver as mídias sociais.
Por fim, a economista explica que há um passivo de R$3 milhões em projetos que foram escolhidos e que devem ser pagos neste ano. A falta de pagamento, segundo ela, ocorre na maioria dos casos por falta da resolução das dificuldades técnicas juntos aos projetos. Para este ano, a estimativa é que os valores sejam repassados até a metade de 2026.