A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que irá manter a bandeira tarifária vermelha no patamar 2, o mais alto do sistema, neste mês de setembro. A medida mantém a cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 kW/h consumidos.
Segundo a Aneel, a medida foi tomada devido à redução no volume de chuvas, o que provocou uma queda na geração de energia pelas hidrelétricas. Para garantir o fornecimento, será necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo de produção mais alto. O aumento da estimativa é influenciado, principalmente, pelo orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) de 2025, fixado em R$ 49,2 bilhões. O valor é 8,6 bilhões acima do previsto anteriormente.
O doutor em Economia e pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais da Universidade de Caxias do Sul, Mosár Leandro Ness, explica que as tarifas de energia elétrica tem aumento acima da inflação e causando redução de consumo das famílias de baixa renda, a fim de manter o pagamento em dia deste gasto primordial.
Além disso, Mosár salienta que o desequilíbrio na produção de energia gera prejuízos que precisam ser repassados de alguma forma e que são notáveis no dia a dia do consumidor.
A ativação da bandeira vermelha no Patamar 2, em agosto de 2025, representou um acréscimo de R$ 7,87 por cada 100 kWh. Além disso, em 22 de agosto de 2025, a ANEEL publicou um reajuste médio de 13,53% nas tarifas de energia, que já está em vigor.