A autorização da construção foi anunciada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), em evento no Palácio Piratini na última quinta-feira (07). O investimento previsto para a construção é de R$ 4,5 bilhões, valor que será financiado pela iniciativa privada. A ligação entre a capital gaúcha e a Serra prevê que a viagem tenha uma redução de 50% no tempo.
A linha férrea deve cruzar 19 municípios ao fazer a ligação das regiões. A estimativa é de as obras de construção levem cerca de sete anos, com o transporte entrando em operação em 2032. A empresa responsável pelos trabalhos é a Sultrens, que tem a outorga de exploração dos serviços por 99 anos.
A ideia é de que as estações de chegada e saída fiquem a cerca de 700 metros do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e na Av. Das Hortênsias, entre Gramado e Canela. A apresentação feita aponta que deve ser implantado um trem com quatro módulos, com aproximadamente 75 metros e entre 220 e 300 lugares. Além da possibilidade de operação em comboio, com dois trens.
Estão sendo usadas como referencia estruturas ferroviárias européias como Londres e Amsterdam. Ao longo da extensão, a ferrovia deve ter 15 pontes ou viadutos e nove túneis. O secretário de Logística e Transportes do estado, Juvir Costella valoriza o pioneirismo do anúncio feito por Leite.
A necessidade da implantação de um trem no trajeto entre Porto Alegre e Gramado foi observada a partir de alguns fatores como a crescente demanda de turistas, os congestionamentos formados na BR-116, a possibilidade do turista arcar com tal custo e, por fim, a questão histórica que no passado tinha uma via férrea entre POA e Gramado/Canela.
A estimativa inicial é que a obra gere 6.747 empregos diretos e 15.976 empregos indiretos, somando 22.723 postos de trabalho ao longo da implantação e operação.