Teve início nesta quarta-feira (07), no Vaticano, o Conclave que escolherá o novo Papa, sucessor de Francisco, que faleceu recentemente. O momento marca não apenas uma mudança de liderança, mas também uma oportunidade crucial para a Igreja Católica reafirmar seus rumos diante de um mundo em constante transformação. Ao todo, 133 cardeais estão reunidos em votação secreta, num processo rigoroso que envolve isolamento, oração e debates internos sobre os principais desafios da fé católica na atualidade.
Em entrevista para à Rádio Caxias, o padre Eleandro Teles, chanceler do Bispado e doutorando em Teologia em Roma, falou sobre a importância histórica e espiritual do momento, ao afirmar que “o Conclave é um momento de profunda oração e discernimento, onde se busca ouvir o Espírito Santo sobre o futuro da Igreja. E que mais do que uma eleição, é uma convocação à responsabilidade pastoral global.”
Segundo o padre, a expectativa da Igreja neste momento é clara: o novo pontífice deverá estar profundamente comprometido com a continuidade dos caminhos abertos por Francisco. Segundo o padre, “o Papa Francisco ensinou a Igreja a estar próxima das pessoas, sendo acolhedora e misericordiosa. Portanto, o novo Papa deverá ser alguém que continue esses processos, que não apenas olhe para dentro, mas caminhe com o mundo, especialmente com os que estão nas periferias sociais e existenciais”.
O padre Eleandro Teles explicou que durante as chamadas congregações gerais — 15 dias de intensas reuniões preparatórias entre os cardeais — foram levantados os grandes temas e urgências que aguardam o novo líder da Igreja. E, ao que tudo indica, ele acredita “que será alguém fortemente alinhado com o espírito do Concílio Vaticano II e com a visão pastoral de Francisco”.
A expectativa é que a escolha do novo Papa ocorra até o final desta semana. As votações seguem o tradicional ritmo de duas por manhã e duas por tarde, podendo durar até quatro dias. Caso não haja consenso de dois terços, novas rodadas são agendadas após um dia de pausa para oração. Em meio à comoção pela morte de Francisco, o Conclave reacende esperanças em mais de um bilhão de católicos pelo mundo.
Confira aqui a entrevista completa.