A Comissão de Saúde do Legislativo de Caxias do Sul protocolou, na tarde desta quinta-feira (18), um requerimento à Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O documento solicita informações detalhadas sobre os serviços prestados até agosto de 2025. O pedido será analisado pelas comissões da Casa e, posteriormente, apreciado em plenário.
Entre os questionamentos estão o número de pacientes que aguardam por cirurgias, consultas com especialistas e exames; o tempo médio de espera em cada caso, tanto no Centro Especializado de Saúde (CES) quanto no Ambulatório Central da UCS; além do detalhamento mensal por especialidade. Também é requisitado o histórico de exonerações e contratações de médicos desde 2020, incluindo profissionais do Programa Mais Médicos, discriminados por área de atuação. Outro ponto levantado é a justificativa para a não adesão do município ao “Programa Mais Acesso a Especialidades”, do Governo Federal.
O presidente da Comissão de Saúde, vereador Rafael Bueno, explica que o objetivo é atualizar os dados sobre a fila de espera no município, que na última divulgação somava cerca de 110 mil pessoas entre exames, consultas e cirurgias. Segundo ele, o requerimento faz parte do papel de fiscalização dos parlamentares. Bueno ainda ressalta que, embora o município invista além do percentual constitucionalmente previsto em Saúde, a aplicação dos recursos não tem refletido em melhorias na vida da população. As informações, destaca, podem contribuir para identificar pontos que precisam ser aprimorados pela gestão pública.
O documento protocolado conta com a assinatura do vereador Rafael Bueno (PDT), Juliano Valim (PSD), Estela Balardin (PT), Capitão Ramon (PL) e Andressa Marques (PCdoB).
No último sábado (13), a Secretaria Municipal da Saúde divulgou dificuldades enfrentadas em decorrência das exonerações de especialistas no CES. As saídas têm impacto direto nos agendamentos de consultas. Apenas nos últimos seis meses, 12 profissionais das áreas de neurologia, dermatologia e reumatologia pediram desligamento. Além deles, dois psiquiatras e um infectologista também deixaram o serviço público, totalizando 15 exonerações desde janeiro deste ano.