Foram apresentados na manhã desta terça-feira (12) os números do Desempenho Econômico do mês de junho pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul. Os números apontaram um crescimento de 2,2% no sexto mês do ano e 0,7% no acumulado de 2025. Dentro dos dados são avaliados os setores da indústria, comércio e serviços.
Em junho, os serviços seguem na liderança com números positivos de 5,1%, na sequência vem o comércio com 1,2% e a indústria com o índice de 0,9%. No acumulado de 12 meses, ou seja, de julho de 2024 ao último mês de junho, foi identificado uma alta econômica de 3,7%. O valor é considerado uma estabilidade, uma vez que nos dois meses anteriores os índices ficaram em 3,5%. Dessa forma, conforme os economistas das entidades, uma estagnada pode ser observada.
Os baixos números da indústria também preocupam, uma vez que os seis primeiros meses do ano possuem números negativos de -3,8%. Entretanto, em julho do ano passado o setor industrial teve uma recuperação e existe uma expectativa de que a mesma melhora aconteça em 2025.
O economista integrante da diretoria de Planejamento, Economia e Estatística, Tarciano Mélo Cardoso, conta que, inicialmente, eram esperados índices mais altos para o acumulado, ficando entre 3% e 4%. Sobre as condições da indústria e diante do processo de tarifaço, imposto pelo governo norte-americano, o economista observa poucas chances de melhora.
Em relação ao comércio, comparado ao mês anterior teve uma queda de 8,2% para 7,5%, contudo essa retração era esperada, pois o mês de maio contou com o Dia das Mães, segunda melhor data comercial, enquanto junho não teve feriados. Isoladamente, junho cresceu 1,2%.
O assessor de Economia e Estatística da CDL, Mosár Leandro Ness, detalhou que o comércio neste ano também trouxe melhores números do que o mesmo período do ano passado, apresentando uma recuperação das enchentes.
Ainda no comércio, se destacam o ramo duro com bom desempenho, integrando os automóveis, caminhões e autopeças novas (5,86%) e eletrodomésticas, móveis e bazar (2,69%). De outra perspectiva, o desempenho negativo foi sentido por setores de implementos agrícolas (-6,21%), materiais elétricos (-4,79%), material de construção (-2,46%), ótica e joalheria (-1,17%) e informática e telefonia (-0,81).