Uma estatística da Fundação de Assistência Social (FAS) revela que, no ano passado, o número de adoções de crianças e adolescentes em situação de acolhimento chegou a 54. O número represente 25% do efetivo nas casas-lares ou de passagem da cidade, que chegou a 220. Outros 96 puderam voltar para o convívio da famíia, atendendo o principal objetivo do sistema, que é garantir os direitos previstos em marcos legais como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), bem como, na Política Nacional de Assistencial Social.
Conforme a diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade de da Fundação de Assistência Social de Caxias, Franciele Roso, o número de abrigados registrou uma curva ascendente, a partir de 2021, na cidade, muito em decorrência da pandemia de covid-19. No ano passado, por exemplo, 144 dos 220 acolhidos eram adolescentes. Dado que representa 70% dos atendidos pelo sistema.
Ainda de acordo com Franciele, os casos de adoção só ocorrem depois de esgotadas todas as tentativas de reinserção na família de origem e/ou estendida. O número elevado de adoções registrado em 2023 representa um avanço na campo assistencial. Isso porque a maioria destes jovens não estava dentro do perfil habitual de interesse dos adotantes. Sendo, muitas vezes, adolescentes com idade superior a 12 anos, vítimas de violência de familiar ou com alguma deficiência física.
Franciele ainda explica que, atualmente, as casa de acolhimento registram um número inferior à capacidade instalada, que é de 204 vagas. Além disso, outro ganho significativo para o Município foi a instituição de um protocolo de manejo em instituições de crise e de conflito nos serviços de acolhimento, abrigos institucionais e casas-lares. Atualmente, o Município mantém a tutela de 154 crianças e adolescentes.
O objetivo do protocolo é orientar os profissionais que trabalham com este público, permitindo a criação de estratégias assertivas no enfrentamento de situações de crise e que, irremediavelmente, acabam acontecendo. O documento ainda é resultado de um trabalho desenvolvido pelos abrigos Estrela Guia e Sol Nascente, além de contar com a contribuição da equipe do Núcleo de Acolhimento Institucional e Familiar (Naif).