Inaugurada no último dia 6 de junho e prestes a completar um mês, a nova casa de passagem de Caxias do Sul, Núcleo de Olhar Solidário (N.Ó.S.), já registra um aumento significativo nos acolhimentos. Com a chegada do frio na região, o local, que iniciou os atendimentos com 50 pessoas em situação de rua, agora contabiliza um crescimento de 30%, chegando a 65 acolhidos. O espaço, que funciona 24 horas, tem capacidade para receber até 100 pessoas, com possibilidade de ampliação de forma gradativa, conforme a demanda.
Fruto de uma parceria entre a Fundação Caxias, o projeto Mão Amiga e a Prefeitura, a casa também passou a abrigar os residentes da antiga Casa Carlos Miguel dos Santos, que funcionava no bairro Nossa Senhora de Fátima e foi desativada. O presidente da Fundação Caxias, Euclides Sirena, destaca que o serviço tem sido fundamental para atender quem mais precisa. Ele alerta que, com a chegada oficial do inverno, a expectativa é de que os números aumentem ainda mais nos próximos dias.
Sirena ressalta que Caxias do Sul tem recebido muitos imigrantes nos últimos anos, o que evidencia a necessidade crescente de ampliar os serviços de acolhimento e as casas de passagem. Ele também defende que é preciso repensar a situação dessa população por meio de novas políticas públicas.
Além do acolhimento, o Núcleo de Olhar Solidário (N.Ó.S.) oferece oficinas de cozinha, costura, lavanderia e montagem de eletrodomésticos. Os acolhidos também têm acesso a refeições, dormitórios e espaços adequados para higiene. A casa está localizada no prédio da antiga Malharia Stumpf, na Rua Garibaldi, 248, no bairro Pio X.
Paralelamente, a Prefeitura de Caxias do Sul trabalha na elaboração de um estudo técnico e, na sequência, deve abrir uma licitação para contratar uma entidade que realizará um censo, a fim de mapear quantas pessoas vivem atualmente em situação de rua na cidade.