Os parlamentares aprovaram por unanimidade, na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira (16), o parecer contrário a denúncia e admissibilidade pela Comissão de Ética Parlamentar relacionada ao vereador Hiago Morandi (PL). O documento, lido pelo relator Pedro Rodrigues (PL), se referiu a fala do vereador em um podcast, no mês de agosto, direcionada ao Centro Especializado em Saúde (CES).
A denúncia solicitou a apuração da Comissão sobre fala de Hiago que teria se referido ao local, de acordo com o documento, como de pessoas com HIV e hepatite, que estariam para morrer, e que o espaço seria associado a energias negativas.
Porém, o parecer apontou a ausência de elementos mínimos na denúncia pelo autor, fundamentado em matérias jornalísticas, sem as quais não são possíveis a averiguação do conteúdo citado. Diante da ausência do material, o parecer opinou pela rejeição da denúncia e admissibilidade do caso.
Ao pedir a palavra, o vereador Hiago apontou interesse eleitoreiro do autor e explicou que estava preocupado com as pessoas que precisam do serviço. Ressaltou que o espaço precisa ser usado para discutir o futuro da cidade.
Ele complementou que o objetivo era chamar atenção para o problema e que já está articulando emenda parlamentar para melhorar o atendimento no setor. Por fim, pediu desculpas a quem se ofendeu.
Já o vereador Cláudio Libardi (PCdoB) apontou a ausência de provas na denúncia e disse que o vereador não tem essa função de coletar evidências. Completou que com a inexistência de fatos acaba sendo perda de tempo e gasto de dinheiro público.
Outros parlamentares colocaram a importância de não banalizar o processo de impeachment. A questão teve ampla discussão entre os vereadores.
