A semente do pinhão faz parte da história da região, a araucária é uma árvore centenária e pode chegar a até 700 anos de produção. A floresta subtropical da região Sul do Brasil é extremamente favorável e tem a araucária como o destaque da vegetação. Entretanto, o risco de extinção desta árvore é cada vez maior e preocupa especialistas. A diminuição das safras deixa isso claro. Diversos aspectos fazem parte desse cenário preocupante.
O pinhão também é uma forte fonte de renda nutricional, fonte de energia e nutrientes. Minerais, vitaminas, fibras, proteínas e carboidratos são componentes existentes na semente. A agroecologista Andrea Basso ressalta esses aspectos e que a planta foi essencial para o desenvolvimento dos povos originários.
Ela destaca ainda a diminuição da safra, que neste ano deve ser 30% menor do que em 2023. Colheita predatória e mudanças climáticas são pontos importantes que respondem por essa tendência dos últimos anos. Andrea cita a importância de leis que regulamentam a colheita do pinhão, evitando uma colheita ainda mais precoce.
Como solução e busca por reverter uma possível extinção da araucária Andrea Basso cita a possibilidade da plantação de enxertos. Entretanto, considera que a melhor escolha é a população se conscientizar e plantar a semente nas propriedades, fortalecendo a cultura.