A Prefeitura de Caxias do Sul informou por meio da assessoria de imprensa que, assim como ocorreu na paralisação do Sindicato dos Servidores, na última sexta-feira (16), os atendimentos à população serão mantidos na segunda-feira (19). Contudo, a Administração alerta que poderá haver demora ou atraso nas entregas dos serviços.
Na sexta-feira, o impacto foi mais sentido nas escolas municipais. Das 82 unidades de ensino, 69 aderiram ao movimento, com a recuperação do dia letivo prevista para dezembro. Já na área da saúde, a adesão foi parcial e não causou grandes prejuízos nas UBSs e outros serviços. Na Secretaria da Cultura, a única alteração foi o fechamento da Biblioteca Pública. Os demais setores funcionaram normalmente.
A Prefeitura orienta que, para a paralisação de segunda-feira, os setores devem organizar suas equipes para garantir a continuidade dos atendimentos, permitindo que aqueles que desejam participar do movimento possam fazê-lo sem prejudicar os serviços à população. Para isso, os servidores poderão utilizar banco de horas, falta justificada, folgas das eleições ou outros mecanismos válidos de compensação.
Em relação às escolas, se houver adesão novamente ao movimento, as instituições devem comunicar as famílias e organizar a recuperação da carga horária.
Negociação com o Sindiserv
Na sexta-feira, a Comissão de Negociação do Executivo se reuniu duas vezes com o Sindiserv para tratar da campanha salarial. A proposta da Prefeitura inclui um ganho real de 1% a ser pago na folha de setembro, além do aumento de 4,83% já pago em janeiro, que corresponde ao índice de inflação de 2024. O valor é considerado o limite de viabilidade orçamentária do município. Para garantir a sustentabilidade financeira, a Administração pede empenho dos servidores na redução de horas extras, a fim de manter os serviços essenciais.
Quanto à reestruturação de cargos e padrões salariais, a proposta da Prefeitura prevê um aumento escalonado, com 10% a ser aplicado em agosto de 2026, seguido de 15% em 2027, 2028 e 2029, e 22,5% em 2030 e 2031. No entanto, a implementação dependerá da adoção de medidas de ajuste financeiro, como a redução de horas extras e a ampliação da carga horária na saúde e assistência.
Outro ponto importante da negociação é a equivalência do auxílio-alimentação dos servidores municipais ao valor dos servidores da Câmara, com um aumento de R$ 94,82 (brutos) e R$ 85,34 (líquidos), totalizando R$ 949,52 (brutos) e R$ 854,57 (líquidos) para todos os servidores ativos beneficiários. Esse aumento é o maior já concedido pelo município.
A Prefeitura reiterou em comunicado oficial o seu compromisso com o diálogo e a responsabilidade fiscal, e segue aberta à negociação com os servidores.