Com o aumento contínuo do preço do café, muitos consumidores enfrentam dificuldades para fazer escolhas que aliam qualidade e custo-benefício. Em meio a essa alta, é essencial saber identificar cafés de boa procedência e evitar os produtos de qualidade duvidosa. A barista, Carolina Presser Schwochow, alerta que a falta de regulamentação e a presença de rótulos enganosos podem colocar em risco a saúde do consumidor e comprometer a experiência sensorial da bebida.
No Brasil, os cafés vendidos nos supermercados podem ser identificados por três tipos de selos reguladores emitidos pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC): tradicional, gourmet e superior. Carolina explica que, para quem busca uma bebida mais equilibrada e saborosa, a melhor escolha são os cafés gourmet e superior. “Se o produto não tem um selo que ateste sua qualidade, como o selo da ABIC, é melhor evitar. Café sem certificação não vale a pena”, adverte a barista. Além dos cafés tradicionais e gourmet, os cafés especiais estão começando a ganhar destaque nas prateleiras. Esses produtos são uma excelente opção para quem busca uma experiência diferenciada, com informações claras sobre a origem, como o nome do produtor, a fazenda, a localização geográfica, a variedade do grão e o tempo de torra. “Esses detalhes garantem que o café realmente seja especial e não apenas um produto com rótulo enganoso”, afirma Carolina.
Outro ponto importante que Carolina destaca é a qualidade sensorial dos cafés especiais. Por não apresentarem amargor excessivo, esses cafés permitem que sejam consumidos sem a necessidade de aditivos como o açúcar. “O café especial pode ter notas frutadas, cítricas ou lácteas, proporcionando uma experiência rica e sem a necessidade de adoçar”, explica. A barista também reforça a relevância dos grãos brasileiros no mercado global. “O Brasil é um grande produtor de café, com uma diversidade impressionante de grãos que garantem produtos de alta qualidade, tanto para o mercado interno quanto para o internacional”, comenta.
Embora a regulamentação tenha avançado, Carolina alerta para as estratégias de marketing utilizadas por algumas marcas, que rotulam seus produtos como especiais quando, na verdade, são apenas cafés gourmet ou tradicionais. “O consumidor precisa estar atento. Muitos produtos são vendidos como café especial, mas, ao analisar a embalagem, é possível perceber que são apenas cafés de qualidade inferior”, destaca.
Ao procurar um café de qualidade, a dica de Carolina é optar por produtos que ofereçam informações claras sobre sua origem e que apresentem um selo de qualidade da ABIC. “Para uma melhor experiência, procure por cafés com informações detalhadas e com garantias de rastreabilidade. Assim, você terá um produto mais saboroso e de melhor procedência”, recomenda. Com a alta dos preços, a escolha de um café de qualidade pode ser um desafio, mas com as orientações de especialistas, como a barista Carolina Presser, é possível evitar produtos de qualidade duvidosa. Investir em cafés com selo de qualidade, informações claras sobre a origem e a produção é a melhor forma de garantir uma experiência sensorial rica e segura, além de fazer uma escolha mais consciente para a saúde e o bolso.
Quem é Carolina Presser Schwochow?
Carolina Presser Schwochow é psicóloga de formação, mas foi pela paixão que desenvolveu pelos cafés especiais que ela encontrou seu verdadeiro propósito. De psicóloga a barista, Carolina protagonizou uma virada profissional que a levou a se especializar no mundo dos cafés. Hoje, ela se dedica a compartilhar sua expertise como barista, inspirando outras mulheres a seguirem seus sonhos e a buscarem suas vocações, sem medo de recomeçar. Sua trajetória é um exemplo de coragem e dedicação, mostrando que é possível transformar uma paixão em profissão, independentemente da área de atuação.