Aprovado em julho deste ano para ser oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 1º de setembro os planos de saúde particulares também passaram a oferecer o implante contraceptivo hormonal, conhecido como Implanon, na cobertura obrigatória. A medida contempla mulheres entre 18 e 49 anos.
O Implanon é uma pequena haste flexível inserida sob a pele do braço da paciente. O procedimento é considerado simples e realizado com anestesia local. O método libera o hormônio etonogestrel, derivado da progesterona, que impede a ovulação e, consequentemente, a gestação.
Segundo a diretora técnica da Unimed Serra Gaúcha, Erica Rosa Salet, o Implanon é atualmente o método contraceptivo mais eficaz disponível no mercado, com taxa de eficácia entre 99,2%, conforme indicam alguns estudos. Ela ressalta que isso garante alta segurança para quem opta pelo método. No entanto, a médica alerta que o implante ainda divide opiniões entre especialistas devido aos possíveis efeitos colaterais, motivo pelo qual a paciente deve estar bem informada antes de decidir pela implantação.
Erica destaca que a ampliação da cobertura pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aumenta as possibilidades de acesso, assim como ocorreu com outros tratamentos nos últimos anos.
O uso do Implanon tem validade de até três anos. Na Unimed, antes da implantação, a paciente passa por uma consulta com o ginecologista para avaliar se o método é adequado ao caso. Caso seja indicado, ela é encaminhada ao ambulatório, onde ocorre uma nova consulta para emissão da guia de solicitação. A auditoria da cooperativa analisa o pedido em até 10 dias úteis, e todo o processo pode ser acompanhado pelo aplicativo da Unimed. Após a liberação, o agendamento do procedimento é feito, geralmente um processo rápido, que dura entre 10 e 15 minutos.
Também é possível que o próprio ginecologista particular da paciente faça a solicitação. Nesse caso, o médico emite a guia e um termo de ciência, com o comprometimento em orientar a paciente sobre a duração do método e os possíveis efeitos. O Implanon é então enviado ao consultório para que o profissional realize a implantação. Em caso de negativa de cobertura pelos planos de saúde, a orientação é registrar a reclamação diretamente na operadora e, se não houver solução, acionar a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pelos canais oficiais.